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AngloGold dobra investimentos em pesquisa para atingir meta

3 de julho de 2012

rnPara se manter entre os líderes da produção de ouro no Brasil, a sul-africana AngloGold Ashanti planeja dobrar seus investimentos em pesquisa mineral, abrindo novas fronteiras de exploração no Estado do Mato Gross

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Para se manter entre os líderes da produção de ouro no Brasil, a sul-africana AngloGold Ashanti planeja dobrar seus investimentos em pesquisa mineral, abrindo novas fronteiras de exploração no Estado do Mato Grosso e na região Norte do país. Com metas agressivas de expansão, a multinacional traçou um plano que inclui associações com empresas menores em atividades de pesquisa mineral. Apesar das dificuldades em se encontrar novas reservas viáveis do metal, a empresa tem ao seu favor um ponto crucial que sustenta os investimentos do setor globalmente: o avanço dos preços do ouro.

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“Estamos priorizando os programas de exploração de novas áreas. Crescer organicamente é a melhor forma para atingirmos nossas metas de produção no Brasil”, afirmou ao Valor o diretor financeiro da AngloGold Ashanti, Agostinho Tibério Marques.

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A empresa anunciou há um ano a meta de atingir o patamar de 880 mil onças-troy (cerca de 28 toneladas) de produção até 2020. Isso significaria dobrar o volume da subsidiária, que foi de 426 mil onças-troy em 2011.

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Para alcançar esse objetivo, a AngloGold se volta para novas descobertas. No ano passado, os investimentos em pesquisa mineral somaram US$ 35 milhões, sendo que a maior parte desses recursos foi voltada para pesquisas na região do Quadrilátero Ferrífero (MG). Mas, a média de investimentos da empresa na busca por novas reservas nos últimos anos foi de US$ 20 milhões e esse número será, no mínimo, dobrado a partir do ano que vem.

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Os recursos desembolsados no ano passado incluíram a expansão do complexo mineiro Córrego do Sítio, em Santa Bárbara (MG). A área – que antes operava apenas com uma mina a céu aberto, com produção de 20 mil onças-troy – ganhou uma mina subterrânea. Com as pesquisas, o complexo passará a produzir neste ano 90 mil onças-troy. “Para aumentar essa produção, estamos realizando mais estudos na área. Estimamos que teremos uma produção de 130 mil onças-troy até 2015”, afirmou o executivo. Mas a ideia é dobrar a produção em Córrego do Sítio, projeto para o qual serão necessários investimentos US$ 200 milhões.

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Ainda com foco no crescimento orgânico, a multinacional avança em novas áreas de exploração no Estado do Mato Grosso, onde já tem o alvará de pesquisa concedido pelo governo. Uma outra fronteira que a empresa espera abrir é a região Norte do Brasil. “Alí, poderíamos entrar em associação com alguma empresa que já tenha direitos minerários”, explicou Marques.

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Isso implicaria expansão geográfica importante para a companhia, que hoje atua apenas em Minas Gerais – onde tem, além de Córrego do Sítio, as minas de Cuiabá e Lamego, em Sabará (MG) – e em Goiás. Neste último Estado, a empresa tinha uma joint-venture 50% a 50% com a concorrente Kinross na Mineração Serra Grande, em Crixás. Em maio, a sul-africana anunciou a compra da totalidade do complexo, composto por três minas subterrâneas e uma a céu aberto. O valor da operação, de US$ 220 milhões, teve recursos, segundo o executivo, vindos do caixa da matriz. Hoje, Serra Grande produz 140 mil onças e vai receber neste ano e em 2013 US$ 10 milhões por ano para pesquisas no entorno da operação.

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Os investimentos são estimulados pelo bom momento do setor. No acumulado deste ano, a cotação do ouro em Nova York avançou 4,27%, fechando a sessão de ontem aos US$ 1.597,48 por onça-troy. “Em situação de crise, o ouro é usado como reserva de valor. Acreditamos que ainda há mais espaço para alta”, afirmou o executivo. Hoje, cerca de 40% da demanda por ouro vem do mercado financeiro, enquanto 50% vem da indústria (incluindo a área de joias). No Brasil, a sul-africana concorre com outras multinacionais, que também têm anunciado investimentos, como as canadenses Kinross e Yamana Gold.

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Assim, a companhia prevê produzir 520 mil onças-troy este ano. No ano passado, a subsidiária faturou US$ 900 milhões, sendo que, globalmente, apresentou receita de US$ 6,6 bilhões. Já a produção total do grupo AngloGold somou 4,33 milhões de onças.

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Fonte: Valor Econômico

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