NOTÍCIAS

Aumento do preço mínimo do frete elevará o valor dos produtos para os brasileiros, causando inflação e desemprego

8 de junho de 2018

Para se ter uma ideia, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o transporte de arroz pelas rodovias do país terá aumento de 35% a 50% no mercado interno e de 100% para exportações. Na indústria de aves e suínos, o impacto do tabelamento sobre o custo do transporte foi calculado em 63%

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera que o estabelecimento de uma tabela com preços mínimos para o transporte de cargas provoca prejuízos extremamente danosos para uma economia já fragilizada e para a população brasileira. A medida estabelecida pelo governo e regulamentada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já impacta todos os setores da indústria e terá efeitos imediatos no bolso dos consumidores, uma vez que o preço dos fretes aumentou substancialmente.

Para se ter uma ideia, o transporte de arroz pelas rodovias do país terá aumento de 35% a 50% no mercado interno e de 100% para exportações. Na indústria de aves e suínos, o impacto do tabelamento sobre o custo do transporte foi calculado em 63%. O frete de rações para alimentar os animais tende a aumentar 83%. No setor de papel e celulose, a alta do preço para transportar os produtos será de 30%. O aumento do frete nestes e nos demais setores, certamente, deixará as mercadorias mais caras, penalizando ainda mais a população.

Em reunião realizada nesta quarta-feira (6), na sede da CNI, em Brasília, representantes das associações industriais e federações estaduais da indústria fizeram uma avaliação dos impactos da greve dos caminhoneiros e das medidas anunciadas pelo governo para estancar a crise. É consenso no setor que a tabela de preços mínimos é insustentável.

PREJUÍZOS BILIONÁRIOS – A indústria brasileira sofreu prejuízos bilionários com a greve dos caminhoneiros. Além disso, foi impactada com a redução da alíquota do programa Reintegra, que restitui impostos indiretos cobrados na cadeia produtiva das exportações, e com a reoneração da folha de pagamento, que aumentou a carga tributária para 28 setores da economia. Ambas as medidas foram tomadas pelo Governo para compensar a redução do preço do diesel – o estopim da greve que parou o Brasil.

A avaliação é de que não só cidadãos comuns e empresários, mas também os próprios caminhoneiros autônomos terão prejuízos incalculáveis com a medida. De imediato, desde que a tabela mínima entrou em vigor, diversas indústrias reduziram as remessas de cargas e outras estão avaliando verticalizar a operação, o que significa a montagem de frotas próprias de caminhões, em razão dos altos preços do frete.

A CNI, representando as associações e federações estaduais de indústria, está avaliando possíveis medidas judiciais e administrativas contra as normas que estabeleceram valor mínimo de transporte de carga para o Brasil.

Compartilhe:

LEIA TAMBÉM



Votorantim Cimentos apoia projeto de resgate histórico-cultural em Corumbá (MS)

17 de dezembro de 2018

Projeto “Todo Lugar tem uma História para Contar”, do Museu da Pessoa, reuniu histórias de vida dos moradores que impulsionou…

LEIA MAIS

IBRAM e Falconi firmam parceria para definir bases futuras da Carta Compromisso

5 de maio de 2021

Documento que traz declaração pública de transformação e evolução dos compromissos da indústria minerária com a sustentabilidade entra em fase…

LEIA MAIS

Tailings Safety Brasil 2025 discutirá inovações, sustentabilidade e segurança em estruturas de disposição de rejeitos

17 de março de 2025

Evento ocorre nos dias 1 e 2 de julho, na Escola Superior Dom Helder Câmara em Belo Horizonte Agentes do…

LEIA MAIS