As parcerias entre universidades e institutos de pesquisa e mineradoras estão em franco crescimento no Brasil. O foco das empresas é trabalhar novas soluções de redução de custos com energia, aumento de autom
Entre as pesquisas que acompanha mais de perto, ela cita um projeto que envolve consumo mais eficiente de energia. Para produzir zinco, cobre ou níquel de alta pureza, é preciso usar alta intensidade de energia nas etapas de fabricação. No projeto, analisam¬se os processos e como trazer maior eficiência. “Isso traria competência para o Brasil, uma ideia que está dentro do contexto de conhecimento e inovação, que é um foco essencial”, afirma. Outro projeto usa diversas técnicas analíticas para estudar as partículas emitidas pela indústria de mineração na atmosfera. Assim se podem ver sua composição, a estrutura e a toxicidade.
“Quem gera? O solo? A mina? Esse é um mapeamento bem amplo que pode dar várias respostas.” Para Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, que tem um contrato de parceria assinado com a Vale, as mineradoras estão buscando soluções para reduzir o consumo de energia e para reduzir os impactos da atividade sobre o meio ambiente. Um projeto se refere ao estudo dos solos minerais para identificar a biodiversidade e poder mitigar futuros impactos. “No solo, há bactéricas e microorganismos que podem evitar rejeitos futuros”, diz. A Fapesp ainda mantém acordo de parceria Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK). Um projeto se refere ao estudo de terras raras.
Outro busca investigar o origens de jazidas de minérios no fundo do oceano Atlântico. Em algumas áreas oceânicas, em profundidades que podem atingir 5 mil metros, é possível encontrar diversos tipos de depósitos de metais. Os mais comuns são nódulos de manganês, com diâmetro entre 10 e 20 centímetros, distribuídos no assoalho oceânico, sobre o sedimento marinho, compostos por manganês, ferro, cobre, níquel e cobalto. Um consórcio internacional integrado por cientistas de universidades conceituadas e instituições de pesquisa do Brasil e do Reino Unido pretende desvendar, nos próximos cinco anos, como esses depósitos polimetálicos foram formados no oceano Atlântico, há milhões de anos, e quais condições favoreceram o surgimento e crescimento, entre outras questões.
Recentemente, a Vale fechou uma parceria com o grupo de pesquisa NAP Mineração, liderado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para desenvolver um projeto focado na otimização do processo de gestão e planejamento da operação de lavras da companhia. “A ênfase é na automação da mina do futuro, que terá cada vez mais controles remotos e a maior conexão entre planejamento e operação”, afirma Giorgio Di Tomi, professor do Departamento de Engenharia de Minas e Petróleo da Poli, e diretor do NAP Mineração, formado pela Poli, que o coordena, e por pesquisadores do Instituto de Geociências e do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas.
A ideia nasceu há quatro anos a partir de uma chamada de projetos da Fundação de Apoio à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp) e foi aplicada em lavras na mina de Sossego, na província mineral de Carajás (PA). Na operação de uma mina, existem dificuldades para que sua operação cumpra o determinado pelo planejamento. Além de chuvas, ventos, que podem atrasar o trabalho de exploração, há outras questões.
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Fonte: Valor Econômico
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