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HÁ OITO MESES NO POSTO, MURILO FERREIRA PACIFICA VALE

23 de janeiro de 2012

rnEm entrevista ao Brasil Econômico, Murilo Ferreira fala dos novos negócios e revela que ao investir US$ 21 bilhões faz “um anticíclico privado” e colabora com a equipe econômica.rn Oito me

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Em entrevista ao Brasil Econômico, Murilo Ferreira fala dos novos negócios e revela que ao investir US$ 21 bilhões faz “um anticíclico privado” e colabora com a equipe econômica.

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 Oito meses depois de uma das mais conturbadas sucessões da história empresarial brasileira, a Vale está mudada e pacificada. 

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 O condutor dessa espécie UPP, onde Polícia deve ser substituída por Política, é o administrador Murilo Pinto de Oliveira Ferreira, 58 anos, carioca por adoção, mas mineiro de nascença, nos gestos e nas atitudes. A máxima trabalha em silêncio lhe cai muito bem. 

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 A Vale de Murilo não trocou só o estilo do presidente. Quatro dos sete diretores executivos, diretores, gerentes foram substituídos sem marolas. E mais que as pessoas, os métodos são outros. O temor de uma intervenção do governo e até a paranóia da reestatização ficaram apenas na memória de alguns e nas colunas e editoriais de jornais da época. 

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 A companhia segue firme, mas no 17º andar no prédio da Avenida Presidente Wilson, no centro do Rio, muito mudou depois da saída do personalista Roger Agnelli, que para muitos agia como dono da empresa. Murilo tem consciência de que é um empregado do conselho de administração, que na década Agnelli nem era citado e muitas vezes atropelado. 

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 Ele não pretende ser a cara da Vale. Prefere que o papel principal fique com os 126 mil funcionários. Não usa roupas de grife, não ostenta e nem usa o plural majestático.

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Quando fala nós está incluindo o CA, a diretoria e os funcionários. Prefere os botequins, como o Jobi, aos restaurantes estrelados. Chegou para entrevista sem o paletó e preferiu sentar na cadeira mais simples, de palhinha, recusando uma poltrona preta no centro da sala. 

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 Assim é Murilo Ferreira que ainda enfrenta – mais internamente do que fora – a sombra de Agnelli, que com seu estilo – e como não dizer – com seus resultados foi a “cara” da Vale por 10 anos.  

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 Mas esse torcedor fanático pelo Fluminense, tem seus trunfos. Conseguiu em pouco tempo tirar a empresa do noticiário político, mantém relação institucional com o governo e já anunciou que a empresa vai distribuir, no mínimo, US$ 6 bilhões de dividendos em duas parcelas: 30 de abril e 31 de outubro. É 50% a mais do que em 2011. O bloco que controla a Valepar, formado pela Previ (49% do capital), Bradesco (21,21%), a japonesa Mitsui (18,24%) e BNDESpar (11,51%), não tem reclamações.  Os tempos de atritos com o presidente da República – seja Lula ou Dilma – ficaram para trás. O governo, que tem influência sob mais de 60% do capital votante – não se queixa. Agnelli bateu de frente com o Palácio do Planalto quando privilegiou investimentos no exterior e em minério de ferro e fugiu de siderurgia. Foi o início de sua derrocada, acirrada quando fez demissões bem no início da crise de 2008. Murilo conhece Dilma de outras épocas, mas não tem intimidade. Não oferece jantares e nem faz salamaleques públicos. Durante 11 anos – de 1998, logo depois da privatização, a 2008 – foi funcionário da empresa, chegando a presidente da hoje Vale Canadá.

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Tem viajado muito, afinal a empresa está presente em 38 países. Numa conta feita por um amigo, o resultado foi 2 horas e meia de avião por dia, na média. Esteve cinco vezes na África, três na China e em Singapura. Gosta de ver os negócios de perto. Já anunciou investimentos de US$ 21,4 bilhões em 2012, sendo 63% no Brasil. 

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 Quando sair o resultado da companhia em 2011 no próximo dia 15 de fevereiro, Murilo Ferreira vai começar a consolidar a sua trajetória  à frente da maior empresa privada da América Latina. A expectativa é grande, afinal 2010 – graças ao preço do minério e a força da China – foi o melhor ano da história da empresa, fundada Vale do Rio Doce em 1942, com R$ 30,1 bilhões de lucro. 

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 Murilo Ferreira revelou que a Vale vai voltar a ser sócia de siderúrgicas, falou de novos negócios com terras raras e energia eólica, criticou o “fla-flu” em torno das questões ambientais e manifestou sua preocupação com a discussão dos royalties da mineração. 

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Fonte: Brasil Econômico

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