Obaixo crescimento da economia brasileira no ano passado foi em grande parte explicado pelo fraco desempenho da indústria (retração de 2,7%). Tanto a de transformação como a que fabrica máquinas e equipamento
Obaixo crescimento da economia brasileira no ano passado foi em grande parte explicado pelo fraco desempenho da indústria (retração de 2,7%). Tanto a de transformação como a que fabrica máquinas e equipamentos, os chamados bens de capital, recuaram, com apenas alguns segmentos de ambos os setores conseguindo registrar sinal positivo na curva de produção. Em 2013 espera-se uma recuperação, ainda assim tímida em relação ao potencial do mercado doméstico. Não é exatamente por falta de demanda que a indústria tem apresentado um desempenho aquém das expectativas. Fatores alheios às empresas contribuíram, mas esse quadro até melhorou com o câmbio menos valorizado, taxas de juros mais alinhadas ao mercado internacional e razoável oferta de crédito. A indústria se ressente da oferta limitada de mão de obra qualificada e sofre com os gargalos na infraestrutura. Mas empresas de outros ramos enfrentam os mesmos problemas, e ainda assim não se retraíram.
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A questão parece ser mais complexa. Enquanto não se tem um diagnóstico mais preciso, o governo tem procurado incentivar a indústria estimulando a demanda, com a desoneração de tributos ou oferta de crédito para investimentos por meio dos bancos oficiais. A economia brasileira como um todo investe pouco. Em proporção do Produto Interno Bruto (PIB), a taxa de investimento estaria na faixa de 18%, o que põe o país no fim da lista das nações que se destacam no ranking das inversões públicas e privadas (112º lugar numa lista de 120 economias).
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No entanto, até bem pouco tempo, ao se detalhar essa taxa, era possível observar que especificamente no que se referia a máquinas e equipamentos a indústria brasileira tinha um patamar de investimentos equiparável até mesmo ao de países asiáticos. O que teria acontecido, então? Como não se trata de um fenômeno isolado, mas do conjunto da indústria, a perda de competitividade do setor não deixa de ser reflexo das contradições da política econômica. O governo começou a apostar no intervencionismo estatal e minou os fundamentos que vinham sustentando a retomada da economia brasileira.
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A indústria perdeu posição relativa nas exportações brasileiras, especialmente para mercados que eram nossos tradicionais compradores de manufaturados, como os Estados Unidos e a Argentina. As vendas de produtos básicos sem dúvida deram um salto, pois nem mesmo o custo Brasil foi capaz de anular a enorme vantagem comparativa que o país ainda ostenta na agropecuária e na mineração, por exemplo. Mas indústria não conta com essa margem.
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No passado, o câmbio desvalorizado serviu de muleta para equilibrar deficiências estruturais da economia. Não é possível recorrer a esse recurso indefinidamente pelos efeitos negativos que acarreta (inflação). O caminho mais correto é uma expansão substancial nos investimentos em infraestrutura.
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Fonte: O Globo
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