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A substituição do amianto em Minas Gerais

8 de julho de 2013

O Brasil tem se desenvolvido largamente no que diz respeito à construção sustentável que envolve o bem-estar das pessoas, o menor impacto ambiental e o custo/beneficio competitivo. Segundo o Internacional Green Building Co

O Brasil tem se desenvolvido largamente no que diz respeito à construção sustentável que envolve o bem-estar das pessoas, o menor impacto ambiental e o custo/beneficio competitivo. Segundo o Internacional Green Building Council, o Brasil já ocupa a quarta posição no ranking mundial de construções sustentáveis, atrás dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Ë hora de avançar.

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Há tempos, esse desenvolvimento já chegou também à indústria do fibrocimento (cimento reforçado) utilizado na fabricação de telhas, painéis, caixas d’água e outros produtos. Inicialmente, as fibras usadas na composição do fibrocimento eram de amianto, mineral reconhecido, internacionalmente como cancerígeno. Hoje, o Brasil já conta com alternativas sintéticas —, fibrocimento composto com fios de PVA (Poli Álcool Vinílico) e PP (Polipropileno) — fibras reconhecidas pelo Ministério da Saúde como seguras à saúde.

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Seguras à saúde d população, as fibras alternativas ao amianto também são comprovada- mente eficazes na estruturação do fibrocimento, além de economicamente viáveis. Desde 2005, a tecnologia para o uso das fibras alternativas é conhecida e normatizada no Brasil pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 15.210). Normas internacionais no mesmo sentido já existem há mais de uma década.

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Os custos das fibras alternativas são compatíveis e tendem a se tomar ainda mais competitivos quando houver demanda maior por esses produtos, o que é uma tendência. Hoje, até mesmo as grandes fabricantes de produtos com amianto já dominam a tecnologia das fibras sintéticas e, muitas vezes, até oferecem esse tipo de material como “linhas premium”. Ou seja, a transição é simples. Além disso, um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o primeiro realizado por uma universidade sobre o tema, atesta que não haverá impacto significativo na economia brasileira com o banimento do amianto na construção civil do país. O estudo verificou que as atividades da cadeia produtiva não sofrerão descontinuidade e não haverá impacto sobre emprego, renda e arrecadação de impostos.

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Outra vantagem de se utilizarem fibras alternativas ao amianto é no descarte. O fibrocimento feito com amianto é classificado como resíduo perigoso (categoria D) e seu descarte requer um processo diferenciado e custos altos. Já os produtos de fibrocimento feitos com fibras sintéticas de PP ou PVA não são considerados materiais perigosos. Além disso, são recicláveis, podendo ser reaproveitados.

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A Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Produtos de Fibrocimento (Abifibro) defende a produção e a comercialização de artefatos de fibrocimento feitos com insumos e tecnologia seguros à saúde de quem produz e do consumidor. Isso porque, apesar de todos os avanços que o Brasil tem alcançado em relação ao seu desenvolvimento, ainda vive grandes desafios a serem superados em termos de sustentabilidade, e a questão do amianto é um deles.

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Hoje, são cerca de 60 países que baniram o uso de todos os tipos de amianto, entre eles o crisotila ou amianto branco, mineral comprovadamente cancerígeno, e o Brasil ainda não figura entre eles. Entidades como a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), braço direito da Organização Mundial de Saúde (OMS), reconhecem todos os tipo de amianto como altamente perigosos à saúde humana. O Brasil, apesar de já ter sucedâneos comprovadamente saudáveis, ainda utiliza produtos com amianto, mesmo após ter assinado a Convenção OIT 162, se comprometendo a substituir o amianto, inclusive o crisotila, por outros materiais ou tecnologias não nocivos à saúde humana assim que eles fossem desenvolvidos.

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O momento é de avançar e Minas Gerais tem se mostrado um dos estados interessados em progredir nesse sentido (lei estadual foi aprovada em primeiro turno na Assembleia Legislativa). Por enquanto, apesar da Lei Federal 9.055/95, que restringe e controla o uso do amianto, cinco estados já contam com leis que proíbem o uso do mineral São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul. O Brasil vive um momento importante, em que o mundo todo se volta para as suas ações. É hora de avançarmos mais este passo rumo ao desenvolvimento e à competitividade.

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Fonte: Estado de Minas

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