ACORDO AUMENTARÁ INVESTIMENTOS ENTRE BRASIL E CHILE, AVALIA CNI
24 de novembro de 2015
Governo está no caminho certo para expandir o comércio e os investimentos na América do Sul. Para a indústria, o próximo passo é avançar na integração entre a Aliança do Pacífico e o Brasil.
Governo está no caminho certo para expandir o comércio e os investimentos na América do Sul. Para a indústria, o próximo passo é avançar na integração entre a Aliança do Pacífico e o Brasil
Os acordos são o melhor caminho para o Brasil ampliar o comércio exterior. A assinatura do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) atende a um dos principais pleitos dos setores empresariais de Brasil e Chile. Essa é a avaliação do diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi. O acordo foi assinado nesta segunda-feira, 23 de novembro, em Santiago do Chile, pelos governos dos dois países. “Esses tratados são essenciais para ampliar o comércio, estimular os negócios bilaterais e dar mais segurança ao investimento”, afirma Abijaodi.
A CNI e o Fórum das Empresas Transacionais (FET) entendem que esse é um instrumento adequado para aumentar a proteção jurídica aos investimentos dos dois lados, além de facilitar e dar transparência às informações e melhorar o apoio governamental às empresas investidoras.
O estudo da CNI Interesses da Indústria na América do Sul: investimentos mostra que Argentina e Chile são os principais destinos de investimentos dos empresários brasileiros na região. O Brasil é o sétimo maior investidor no Chile, com US$ 4,3 bilhões e participação de 2,7% no mercado, o que demonstra o potencial a ser aproveitado. Atualmente, há mais de 70 empresas brasileiras instaladas naquele país, principalmente nos setores de energia, serviços financeiros, alimentos, mineração, siderurgia, construção civil e farmacêutico.
O traço mais marcante da relação bilateral em investimentos é o volume crescente do capital chileno para o Brasil que atingiu a marca de US$ 25 bilhões em estoques, principalmente nos setores de transportes aéreos, varejo e financeiro. Nos últimos dez anos, o fluxo de comércio entre o Brasil e o Chile aumentou 130%, atingindo US$ 9 bilhões.
??NOVA PAUTA – A CNI avalia que a assinatura do ACFI abre caminho para avançar na agenda e na integração estratégica entre a Aliança do Pacífico e o Brasil, anunciada pelos dois governos há um ano. Também é necessário ampliar o tratado de livre comércio entre Mercosul e Chile, para um “acordo 2.0”, que reflita a nova realidade do mundo, com negociações sobre compras governamentais, propriedade intelectual, barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias e investimentos.
A indústria também defende a revisão do Convênio sobre Transportes Marítimos, firmado entre o Brasil e o Chile em 1974. Esse tratado limita o mercado de frete marítimo. “A reserva de cargas no comércio bilateral marítimo aos navios de bandeiras chilena e brasileira inibe a competição entre as empresas de navegação e eleva o valor do frete. Defendemos a abertura do mercado de frete marítimo”, diz Abijaodi.
Fonte: CNI