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Adimb vê boas perspectivas de retomada

20 de março de 2017

“Foi a melhor participação brasileira no PDAC das que participei, desde 2004”. É assim que o Diretor Executivo da Adimb analisa os resultados da participação do Brasil na convenção de 2017 da PDAC

“Com boa expectativa”. É assim que a Adimb (Agência para o Desenvolvimento da Indústria Mineral Brasileira) vê o atual momento do setor mineral brasileiro. Segundo o Diretor Executivo da entidade, Onildo Marini, “o governo virou parceiro da iniciativa privada e o ministro (de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho), demonstrou várias vezes que pretende reduzir os entraves do setor, fazer com que os processos fluam mais rapidamente”.
 
Marini elogia a intenção demonstrada pelo Executivo de “esquecer” a proposta de reforma do Côdigo de Mineração que estava no Congresso Nacional e promover a reforma do Código atual através de decreto ou portaria. Isto, segundo o dirigente da Adimb, contribui para recuperar a credibilidade no setor, principalmente depois de tudo o que aconteceu, quando o DNPM ficou praticamente um ano e meio parado, sem emitir portarias de lavra. Segundo ele, a ameaça do marco regulatório proposto assustou muito o investidor, que foi para outros países como as Guianas, Equador, Peru e Chile, que estão recebendo mais investimentos em exploração mineral do que o Brasil. “O investidor se afastou porque temia muito a insegurança jurídica, a situação política. E agora temos que retomar. Estamos animados, mas não é uma coisa que vá ocorrer de uma hora para outra. Vamos ter que batalhar mais um ou dois anos para realmente voltar ao que éramos cinco anos atrás.
 
O Diretor da Adimb também vê com bons olhos a transformação do DNPM em agência (que está nas prioridades do MME), porque isto “dará mais governança á direção geral, já hoje os distritos são cargos políticos, com proteção local, e não dão muita importância à direção central”, afirma. Também elogia a abertura da RENCA (reserva nacional do cobre), “que é uma área muito importante, com potencial bastante elevado e que está trancada há décadas”. Outro ponto elogiado é a redução das dificuldades para empresas estrangeiras em áreas de fronteira. “Todos esses pontos sinalizam que o ambiente deverá melhorar no Brasil para as empresas e se continuarmos firmes os investimentos vão retornar”, acrescenta.
 
Participação brasileira no PDAC
 
“Foi a melhor participação brasileira no PDAC das que participei, desde 2004”. É assim que Marini analisa os resultados da participação do Brasil na convenção de 2017 da PDAC (Prospectors and Developers Association of Canada), que foi organizada pela ADIMB, com apoio do governo e de empresas. “Primeiro, pela participação do ministro, que foi com vontade, levou uma grande comitiva, participou de todos os eventos do Brasil realizados em Toronto, falou, entusiasmou, e isto contaminou a maioria dos participantes, porque mostrou que temos um ministro de minas como há muito tempo não se tinha. Volta a esperança de que, juntamente com o governo, se possa retomar a credibilidade do setor no exterior, disse Marini.
 
Ele acrescenta que o clima para os negócios melhorou um pouco em relação aos anos anteriores, embora não tenha ouvido nada sobre grandes cifras. “Mas houve um renascimento”.
 
O Brasil, segundo ele, também atraiu mais interesse este ano, atestado pela participação de estrangeiros nos eventos que foram realizados. Os fatores que contribuíram para isso foram, além da presença do ministro e comitiva, uma sólida programação, por exemplo, no seminário Brazilian Mining Day, American, CMOC, que contou com apresentações de grandes players como como Vale, Anglo American, CMOC, mas também médias empresas como Lípari e Avanco. “Levamos o que tínhamos de melhor para mostrar em termos de sucesso concreto, não de perspectiva. Por exemplo, os empreendimentos Minas-Rio, S11D Eliezer Batista, da Lípari, da Avanco, todas minas já funcionando. A Lípari é novidade, porque há anos procurávamos diamante primário no Brasil e não tínhamos conseguido. Agora pelo menos temos um. Isto abre perspectivas, embora o diamante não esteja muito bem no mercado. Isto também atraiu o público. A presença do governo federal, com uma nova mensagem, também deve ter atraído muito gente. O saldo foi positivo, porque marcou uma mudança”.
 
Brasil Mineral
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