Aguia vai produzir concentrado de calcita em projeto de fosfato no RS
6 de julho de 2016
Os resultados apontaram potencial para calcita de alta qualidade, como coproduto
A Aguia Resources informou ontem (5) que concluiu os testes metalúrgicos realizados no projeto de fosfato Três Estradas, próximo a Bagé (RS). Os resultados apontaram potencial para calcita de alta qualidade, como coproduto, apropriado para calcário agrícola, que seria obtido por meio dos rejeitos de flotação do fosfato.
A mineradora australiana contratou a Eriez Flotation Division, dos Estados Unidos, para desenvolver uma sequência de processamento para produzir um coproduto de concentrado de calcita com qualidade comercial a partir dos rejeitos de rocha sã na flotação em coluna de fosfato. Foi feita uma combinação de ensaios de bancada de flotação e separação magnética.
O circuito recomendado usou uma sequência de baixa e média intensidade de separação magnética (LIMS e MIMS, na sigla em inglês, respectivamente) para remoção da fração magnética, seguida por flotação de mica a partir dos rejeitos mais brutos de fosfato. Os resultados apontaram um concentrado de calcita com teor de 48,55% CaO, e uma recuperação de 83,1%.
A mineradora disse que a composição química geral do concentrado de calcita é “excepcional, com baixos níveis de magnésio, ferro, alumínio e sílica, o que resulta em um produto final com alta capacidade de neutralização”.
“Os resultados dessa rodada de testes na Eriez são excepcionais, à medida que eles não apenas provam que o processo é capaz de produzir concentrado de calcita comercial com uma alta taxa de recuperação, mas também demonstra que a qualidade é excelente. Calcita com essa alta reatividade resulta em um produto superior, o que significa que o consumidor final pode aplicar algumas toneladas de calcário agrícola por hectare”, afirmou Fernando Tallarico, diretor técnico da Aguia.
Em comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira, a mineradora australiana disse que a calcita vai funcionar como uma segunda fonte de receita para o depósito de Três Estradas, que faz parte do projeto Rio Grande. A Aguia disse também que o Brasil possui um mercado de calcita robusto e em crescimento, com várias aplicações para o usuário final.
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