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Alcoa realiza Dia de Arqueologia em Juruti Velho

24 de agosto de 2016

A iniciativa faz parte do Programa de Educação Patrimonial da Alcoa, executado pela Scientia Consultoria Científica

Um misto de curiosidade e surpresa. Assim foi o sentimento expressado pelos mais de 300 estudantes da Escola Municipal Professora Lígia Meireles da Cunha, da Vila Muirapinima, região de Juruti Velho, que receberam o “Hoje é Dia de Arqueologia”. A iniciativa faz parte do Programa de Educação Patrimonial da Alcoa, executado pela Scientia Consultoria Científica.
 
O projeto “Hoje é Dia de Arqueologia” é realizado em escolas e comunidades da zona urbana e rural de Juruti. Monitores da Scientia Consultoria levam para as instituições réplicas dos achados arqueológicos no município, explicando a origem, o significado e a importância de preservação desses bens. No total, mais de 1000 pessoas já foram contempladas com a iniciativa.
 
“Vejo essa ação como de grande importância para a escola e comunidade em geral. Precisamos resgatar esses momentos que vêm sendo esquecidos em nossa região que é tão rica em sítios arqueológicos. Agradecemos a Alcoa que trouxe o Hoje é Dia de Arqueologia para a escola. Acreditamos que essa iniciativa veio nos despertar para a preservação do patrimônio arqueológico de Juruti”, afirma Alcidea Pimentel Gonzaga, diretora da Escola Professora Lígia Meireles da Cunha.
 
O historiador e professor Reinaldo Silva Nascimento Filho, 50 anos, é natural de Juruti e apaixonado pela riqueza cultural que a cidade abriga. Ele coleciona publicações antigas, como artigos, jornais e revistas, que evidenciam as peculiaridades da cultura do município. Para ele, uma das ações que têm sido fundamentais para manter viva a história de Juruti é o Programa de Educação Patrimonial, que vendo sendo desenvolvido pela Alcoa.
 
“Muito boa iniciativa. Participei, inclusive de algumas atividades, entre elas a apresentação em sala de aula sobreexposição dos achados nos sítios arqueológicos. Todo esse trabalho me motivou a iniciar um levantamento de relatos dos pioneiros para compor o livro que estou escrevendo, que trará além desses depoimentos a história das construções antigas da cidade que tiveram a influência portuguesa”, diz.
 
Iniciado em 2007, o Programa de Educação Patrimonial faz parte dos Planos de Controle Ambiental (PCAs) da Alcoa e tem objetivo de resgatar a memória de Juruti, por meio da socialização de informações sobre os achados arqueológicos. Foram encontrados 85 sítios arqueológicos em solo jurutiense, com a presença de vestígios de objetos antigos, como fragmentos de cerâmica e de pedra datados de cerca de dois mil anos.
 
“Nossa proposta é contribuir com o conhecimento e valorização do passado histórico de Juruti, colaborando ativamente com o cenário arqueológico amazônico e brasileiro. Diante disso, o programa tem o grande desafio de promover, através de processos educativos, um novo olhar sobre o patrimônio local. É fundamental que os bens culturais da cidade sejam conhecidos, valorizados e preservados para futuras gerações”, avalia Rogério Ribas, Gerente de Recursos Humanos & Assuntos Institucionais da Alcoa em Juruti.
 
Desde a sua implantação, o Programa de Educação Patrimonial realizou diversas ações, entre elas: capacitação de artesãos sobre a produção oleira – valorizando a identidade cultural da região –; realização de Semana de Arqueologia; e formação de professores da rede pública para incentivá-los a levar o tema para sala de aula.
 
O programa também desenvolveu o projeto “Memórias de Rua”, implementando a coleta de informações e entrevistas de moradores antigos por 39 estudantes do município em estágio científico com o objetivo de preservar as histórias dos antigos moradores de Juruti. Antes de ir a campo, os estudantes passaram por uma formação referente a patrimônio cultural, arqueologia, museologia, antropologia e geografia. Mais de 100 personagens foram entrevistados e todas as histórias foram transcritas e editadas, compondo um histórico dos logradouros dos bairros da cidade de Juruti.
 
 
Assessoria
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