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Alcoa tira Brasil do mapa de corte de produção

6 de junho de 2012

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Não é dessa vez que a multinacional americana Alcoa vai cortar a produção de alumínio no Brasil, como tem feito em diversos países desde o início do ano. Depois de reunião de ontem, em Brasília, com a presidente da República Dilma Rousseff, o CEO mundial da companhia, Klaus Kleinfeld, definiu que serão mantidas preservadas as operações da subsidiária brasileira.

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As duas unidades de fundição de alumínio que estavam sob ameaça de cortes na produção – Poços de Caldas (MG), com 95 mil toneladas/ano, e São Luís (MA), com 265 mil toneladas – sofrerão apenas “ajustes necessários”, principalmente no que diz respeito à corte de custos, segundo disse ao Valor o presidente da Alcoa para a América Latina e Caribe, Franklin Feder. “Não haverá fechamento de linhas”, enfatizou o executivo.

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A decisão foi tomada diante do compromisso do governo em diminuir o peso dos custos da energia sobre as operações da indústria brasileira. Em reunião com o executivo, Dilma afirmou que a questão dos custos de energia é prioritária para o governo, sendo tão importante quanto a questão dos juros para a competitividade do país. Estiveram presentes na reunião, além dos executivos da Alcoa, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel e o ministro de Minas e Energia Edison Lobão.

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Segundo Feder, a presidente não falou em medidas específicas, nem em prazos, mas deixou os executivos da empresa “confortáveis” ao garantir que está se debruçando sobre o tema. “A presidente não economizou palavras”, afirmou Feder.

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Apesar das conversações, o Brasil ainda não saiu do radar de cortes da multinacional. “Ainda estamos vigilantes, mas saímos da zona de ameaça imediata”, explicou Feder. “Nosso compromisso é continuar a abastecer o mercado brasileiro e esperar [pelas medidas do governo]”, completou.

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Essa foi a segunda viagem de Kleinfeld ao país em menos de um ano e o primeiro encontro com a presidente da República.

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A empresa, desde o início do ano, avalia a possibilidade de cortar produção no Brasil, diante da queda nos preços do alumínio e do peso dos custos de energia nas operações da subsidiária.

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Em janeiro, a Alcoa anunciou o corte de 531 mil toneladas na capacidade global de fundição. A reestruturação ocorreu nos EUA (Texas e Tennessee), na Itália (Portovesme) e na Espanha (La Coruña e Aviles). Meses depois, novos cortes também aconteceram no segmento de alumina, somando 390 mil toneladas.

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Sobre novos investimentos no Brasil, Feder afirma que a Alcoa está considerando oportunidades em transformados de alumínio, como materiais para o setor de transporte, embalagens e construção civil. A empresa já tinha informado que planejava importar chapas de outras subsidiárias e fazer o acabamento no Brasil.

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Fonte: Valor Econômico

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