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Alta do ouro reativa produção em minas históricas brasileiras

4 de junho de 2012

rnMaior produtor mundial de ouro entre 1700 e 1850, o Brasil está recebendo investimentos bilionários para voltar à lista dos principais exploradores do minério.rn rnParalelamente, o governo está intensificando

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Maior produtor mundial de ouro entre 1700 e 1850, o Brasil está recebendo investimentos bilionários para voltar à lista dos principais exploradores do minério.

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Paralelamente, o governo está intensificando o combate ao garimpo ilegal de ouro na Amazônia, foco de atritos em regiões de fronteira, num esforço que também visa formalizar o setor para tirar proveito dos altos preços do minério.

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Hoje na 11ª posição do ranking dos produtores, segundo o Serviço Geológico Americano (USGS), o país pode subir ao 7º posto caso os planos do governo de dobrar a extração de ouro até 2017 se concretizem. Para cumprir a meta, espera-se que o setor receba US$ 2,4 bilhões em investimentos entre 2011 e 2015.

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A meta do governo, expressa no último Plano Nacional de Mineração, se sustenta nos preços do minério, que dobraram desde o início da crise econômica mundial, em 2008.

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Considerado um investimento seguro em tempos de instabilidade nas bolsas e forte oscilação de moedas, o ouro valia cerca de US$ 800 a onça (31 gramas) no fim de 2007. Hoje está cotado em US$ 1.600. A valorização tornou rentáveis minas com baixo teor de ouro e outras já exploradas, antes tidas como esgotadas.

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Entre as minas que serão reabertas está a de Serra Pelada, no sudeste do Pará. A mina atraiu milhares de migrantes nos anos 80 e fechou em 1992, em meio ao declínio da produção. Celebrizada pelas fotografias do “formigueiro humano” que abrigava, foi considerada o maior garimpo a céu aberto do mundo.

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Outras minas que serão reabertas estão a de Riacho dos Machados, em Minas Gerais, e a de Pilar de Goiás.

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Em 2011, segundo o USGS, o Brasil produziu 65 toneladas de ouro. A maior produtora mundial é a China, com 345 toneladas. Na América Latina, a produção brasileira é superada apenas pela do Peru, com 170 toneladas.

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Incremento

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Responsável por 26 das 65 toneladas de ouro extraídas anualmente no Brasil (17% do total), a mineradora canadense Yamana espera aumentar em 11 toneladas (40%) sua produção até 2014. O incremento virá de três novas minas na Bahia, Mato Grosso e Goiás.

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Com o início da operação da última delas, em Pilar de Goiás, a exploração do minério será retomada num município fundado em 1741, durante a primeira corrida ao ouro no Brasil.

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Desta vez, porém, a mina será explorada com alta tecnologia, em túneis subterrâneos que ultrapassam 5 quilômetros de extensão.

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Segundo a Yamana, a mina terá porte médio, com produção média de 3,7 toneladas de ouro ao ano. Estima-se que cada tonelada de rocha na mina contenha 2 gramas de ouro. O metal será extraído por explosivos e separado por um longo processo de refino.

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O comerciante Delfim José de Amorim conta que se assustou com o “inchaço” na cidade. “Nos pegaram com as calças na mão”, diz à BBC Brasil.

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Segundo ele, os moradores terão de ser qualificados pela empresa para poder pleitear os empregos na mina – a Yamana diz ter como meta usar ao menos 75% de mão de obra local em seus empreendimentos.

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“Não estamos preparados para enfrentar o progresso”, diz o comerciante. Mas mesmo que não consigam empregos na mina, afirma Amorim, os habitantes de Pilar esperam que a cidade se beneficie dos impostos a serem arrecadados com a atividade.

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Conforme os critérios atuais para a divisão desses impostos, conhecidos como royalties, 0,65% do faturamento com a venda de ouro numa mina fica com o município produtor – a União abocanha 0,12%, e o Estado produtor, 0,23%.

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O governo pretende levar ao Congresso, porém, proposta para elevar a cobrança de royalties para o ouro e outros minérios.

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No entanto, as mineradoras afirmam que alterações podem frustrar os planos do governo de aumentar a produção. “Faz-se investimento com base no que está estabelecido. Mudanças nas regras do jogo sempre preocupam”, afirma Portugal, da Yamana.

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A falta de mão de obra capacitada é outro entrave ao incremento da produção, ele diz, ecoando o relato de Amorim. “Custa muito investir na formação, e não estamos conseguindo suprir a demanda. É difícil levar um profissional para uma área remota se ele tiver oportunidade de trabalho em Belo Horizonte, São Paulo ou Vitória.”

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Megaoperação na Amazônia

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Enquanto mineradoras correm para tirar seus projetos do papel, o governo atua para frear a mineração ilegal.

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Na Amazônia, 8.700 militares participam desde o último dia 2 de uma megaoperação que busca, entre outros objetivos, combater garimpos ilegais nas fronteiras com a Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. A ação, denominada “Ágata 4”, mobilizará por um mês 11 navios, nove helicópteros e 27 aviões.

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Na operação, os militares fecharam cinco minas ilegais, apreenderam 235 embarcações e destruíram duas pistas de pouso usadas por garimpeiros.

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A iniciativa se soma a três operações da Polícia Federal (PF) ocorridas desde o ano passado para combater o garimpo ilegal de ouro na região Norte.

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O governo brasileiro vem sendo cobrado especialmente pela Guiana Francesa, Guiana e Suriname para controlar a ação de garimpeiros brasileiros na fronteira com esses países, atividade desenvolvida há décadas, mas que ganhou novo fôlego com a alta dos preços.

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No dia 25 de abril, num sinal da crescente tensão na região, cerca de cem mineradores brasileiros foram presos na Guiana.

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Ao combater o garimpo ilegal, o governo também busca aumentar a formalização do setor e valer-se dos altos preços do minério para melhorar o balanço comercial.

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Em 2011, o ouro foi o segundo minério que mais gerou receitas para o Brasil em exportações. Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a atividade rendeu US$ 2,2 bilhões ao país. Os ganhos só foram superados (ainda que com larga folga) pelos da exportação de minério de ferro, que alcançaram US$ 41,8 bilhões.

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Fonte: BBC

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