Os preços globais do zinco provavelmente ficarão perto do pico mais alto em uma década, gerando lucros extraordinários para as mineradoras, porque a produção deve ficar abaixo da demanda pelo terceiro ano consecutivo, de acordo com a maior fundição do Japão.
O metal, utilizado para galvanizar o aço, custará em média US$ 2.950 por tonelada em 2018, mais do que no ano passado e mais do que os custos de produção das mineradoras, de cerca de US$ 2.100, disse Osamu Saito, gerente-geral de vendas de metais na Mitsui Mining & Smelting. A escassez provavelmente será de 260.000 toneladas neste ano, com uma produção global em torno de 13,9 milhões de toneladas, disse ele em uma entrevista. O metal era negociado a US$ 3.426 nesta sexta-feira.
As empresas mundiais de mineração estão em uma onda de sucessos. O crescimento global sincronizado e o investimento insuficiente em ofertas novas elevaram os preços dos metais em mais de 50 por cento nos últimos dois anos, aumentando as margens de lucro das produtoras de maior porte. As mineradoras estão entrando em um ponto ideal do ciclo de investimento e devem gerar um fluxo de caixa livre ainda maior neste ano, superando o recorde do ano passado, de acordo com Jeremy Sussman, analista da Clarksons Platou Securities.
“É bastante incomum”, disse Saito em Tóquio na quarta-feira, referindo-se à alta do zinco de mais de 120 por cento nos últimos dois anos, a maior entre os seis principais contratos em Londres. “Nos preços atuais, todas as mineradoras podem ganhar dinheiro e simplesmente não é normal que essa situação dure tanto tempo.”
A oferta foi limitada por restrições em minas da Glencore e por uma campanha ambiental que impede que produtoras chinesas aumentem a produção, mesmo com preços acima de US$ 3.000, de acordo com Saito. A gigante com sede em Baar, na Suíça, está tentando reativar minas sem abalar a alta e anunciou no mês passado que aumentaria a produção em 195.000 toneladas até o fim de 2020, menos da metade das 500.000 toneladas de 2015.
Ciclo do mercado
As contínuas restrições de produção da Glencore poderiam elevar os preços acima da média estimada para este ano pela Mitsui Mining, o que significa que o ciclo habitual do mercado, em que o aumento dos preços impulsiona a oferta e transforma a escassez em abundância, pode levar mais tempo para se materializar, disse Saito. A Mitsui Mining revisará sua perspectiva de preço em março, antes do início do ano financeiro japonês, em abril, disse ele.
A principal produtora Hindustan Zinc, uma unidade da Vedanta, do bilionário Anil Agarwal, é otimista em relação a preços e prêmios porque a estimativa é de que o consumo irá exceder a oferta das minas e apertar o mercado de concentrados. “Terminaremos o ano com outro desempenho recorde em produção e rentabilidade”, disse o CEO Sunil Duggal, em uma teleconferência na quinta-feira.
Fonte: Bloomberg
Autores: Masumi Suga e Ichiro Suzuki
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