AMG revê projeção de mina em Nazareno

A AMG Mineração S/A, subsidiária da holandesa Advanced Metallurgical Group (AMG), anunciou que as reservas medidas e indicadas de tântalo, estanho, nióbio e lítio na mina de Volta Grande, localizada em Nazareno (Sul de Minas), são 153% maiores que o previsto inicialmente. Estudos realizados pela companhia apontam que os recursos alcançam 14,7 milhões de toneladas.

Os primeiros levantamentos realizados pela multinacional na região indicavam recursos da ordem de 8,9 milhões de toneladas. Do total divulgado pela companhia, 2,57 milhões de toneladas são de recursos já medidos e 12,15 milhões de toneladas são de reservas ainda indicadas, mas com alta probabilidade de serem confirmadas.

Além disso, ainda podem ser confirmadas pela empresa mais 4,65 milhões de toneladas de minerais em suas reservas. Dessa forma, as jazidas da companhia poderão conter 19,3 milhões de toneladas, este volume é 200% superior ao previsto anteriormente pela AMG Mineração.

Conforme comunicado da empresa, a estimativa é que a vida útil das reservas no Sul de Minas alcance 20 anos, levando-se em consideração os atuais níveis de produção, custos operacionais e cenário econômico.

A AMG é uma das principais produtoras de tântalo do país. O metal é relativamente raro e tem como característica a alta resistência e a boa condutividade. Com esse perfil, o material é utilizado na fabricação de capacitores, cerâmicas, além de ligas metálicas.

Além da mina de Volta Grande, a companhia holandesa mantém as operações da antiga Companhia Industrial Fluminense (CIF), em São João del-Rei (Campo das Vertentes). Além do tântalo, a empresa produz no país o feldspato, matéria-prima para a produção de vidros e cerâmicas, e o estanho em lingotes.

A multinacional conta também com operações na Alemanha, China, Estados Unidos, França, Índia, México, Polônia, República Checa, Sri Lanka e Turquia e emprega cerca de 3 mil pessoas. A companhia mantém ainda escritórios na Bélgica, Rússia e Japão.

Reservas – Minas Gerais se destaca por conter reservas de minerais que têm baixa incidência na crosta terrestre. O Estado é o maior produtor mundial de ferro-nióbio e concentra cerca de 75% das reservas mundiais.

O mineral é explorado pela Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), com jazidas em Araxá, no Alto Paranaíba. Entre os sócios da empresa estão o Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e a família Moreira Salles.

O insumo é o quarto principal item da pauta de exportações do Estado. No primeiro trimestre, os embarques de nióbio somaram 12,680 mil toneladas. O volume representa retração de 10,9% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, quando totalizou 14,243 mil toneladas.