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A mineradora sul-africana AngloGold Ashanti está em busca de novas reservas de ouro em Minas Gerais. Somente em 2012, a companhia irá realizar investimentos da ordem de US$ 30 milhões na prospecção de áreas no Estado. A informação foi dada pelo CEO da empresa, Mark Cutifani, ontem, durante o evento da indústria extrativa “The mining company of the future” realizado na Fundação Dom Cabral (FDC), em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
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Conforme ele, os estudos estão sendo realizados em áreas próximas às atuais jazidas operadas pela AngloGold no Estado, na região do Quadrilátero Ferrífero.
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Até mesmo o subterrâneo das minas do grupo passam pela prospecção. Encontrar novas reservas de ouro é considerado um dos principais desafios para a empresa em Minas, de acordo com Cutifani. A necessidade em ampliar os recursos disponíveis se dá em virtude do crescimento verificado na demanda nos últimos anos. Em momentos de crise, como o verificado no continente europeu atualmente, o mineral é considerado o investimento mais seguro. Dessa forma, o preço do ouro vem aumentado de forma significativa. No ano passado, por exemplo, foi registrada valorização do metal de negociado no mercado internacional.
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Cutifani reafirmou que a empresa irá investir cerca de US$ 1,1 bilhão no país nos próximos quatro anos. Somente neste ano, os aportes em ampliação, modernização e manutenção das operações da empresa deverão somar US$ 200 milhões. Inversões – Além disso, em Minas Gerais, a companhia mantém um projeto em execução de R$ 4,1 bilhões, sem cronograma definido.
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O maior investimento é a expansão da mina Córrego do Sítio, em Santa Bárbara (região Central), que possui um plano de inversões orçado em R$ 2,07 bilhões. Com isso, a capacidade de produção passará para 4,1 toneladas de ouro por ano. O projeto inclui ainda a reforma da planta metalúrgica da antiga São Bento Mineração, adquirida pela mineradora em 2008, onde será feito o beneficiamento do minério. Conforme já informado pela empresa, além de processar o minério extraído em Córrego do Sítio, a unidade reformada também irá receber “nos próximos anos” o mineral retirado da área adquirida. Outro projeto em Santa Bárbara é a mina Lamego, que está recebendo inversões de R$ 160,8 milhões. Os investimentos se destinam à preparação da infraestrutura de subsolo e de superfície da mina, além da aquisição de equipamentos.
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A previsão é de que o pico de produção seja alcançado até o fim deste ano. A produção em Lamego alcançará 1,5 tonelada de ouro/ano. Além disso, serão produzidas 20 mil toneladas de ácido sulfúrico por ano, insumo utilizado na fabricação de fertilizantes. A mineradora também irá prolongar a vida útil da mina Cuiabá, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), através de investimentos de R$ 1,9 bilhão. O prazo estimado para que as reservas acabassem era até 2019, mas com as inversões passará, inicialmente, para 2024.
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Apesar do incremento da demanda e de investimentos pesados por parte da companhia em ampliar a oferta, Cutifani, durante o evento em Nova Lima, lembrou que a indústria extrativa enfrenta diversos desafios atualmente, como, por exemplo, o aumento significativo dos custos. Segundo ele, as despesas do setor em todo o globo pode dobrar entre cinco e 10 anos.
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Além disso, é verificado uma maior restrição para as operações minerais, o que potencializa a necessidade de estas empresas investirem em sustentabilidade. Para enfrentar esses desafios os investimentos em tecnologia foram apontados como uma das principais soluções por parte de representantes do setor. Além disso, os executivos apontaram que as mineradoras, mesmo concorrentes, possam trabalhar em um sistema colaborativo no âmbito da inovação.
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Fonte: Diário do Comércio
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