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Anuário revelará riquezas arqueológicas do Pará

25 de janeiro de 2016

Anuário do Pará 2015-2016 vai divulgar informações arqueológicas e etnográficas colecionadas desde o século XIX e guardadas com muito zelo pelos profissionais do Goeldi. rn

Entre as riquezas pouco mostradas no Estado do Pará estão os achados arqueológicos. Por serem muito valiosos, estão guardadas em duas salas-cofres, no campus de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, na avenida Perimetral, em Belém. O local, de 360 metros quadrados, abriga peças que podem ajudar a contar a história dos homens mais primitivos da Amazônia. O Anuário do Pará 2015-2016, que será lançado na próxima quarta-feira (27), vai divulgar informações arqueológicas e etnográficas colecionadas desde o século XIX e guardadas com muito zelo pelos profissionais do Goeldi, que este ano completará 150 anos de existência. 
 
Para a pesquisadora titular do Museu Goeldi, a arqueóloga Edithe Pereira, a reserva técnica abriga objetos com valores impossíveis de ser mensurados. “Todas são valiosas. Não há uma mais que a outra. A diferença é que algumas têm mais exuberância”, avaliou a especialista. No Museu Goeldi, estão guardadas, no total, 120 mil peças inteiras e semi-inteiras, além de cerca de 2 milhões de fragmentos. Para serem tocadas, é preciso usar luvas e máscaras. 
 
No Anuário do Pará, parte dessas peças serão reveladas por meio de imagens. No Goeldi, apenas pesquisadores e técnicos podem entrar no local onde as peças estão guardadas, com algumas exceções. “Não é comum, mas levamos representantes de comunidades para eles conhecerem o resultado das nossas escavações”, ressaltou Edithe Pereira.
 
Conforme a pesquisadora do Museu Emílio Goeldi, até hoje ainda há mitos que rondam o mundo da arqueologia. Entre eles, é o de que as peças contêm fragmentos de ouro, o que não é verdade. “As pessoas acham as peças e querem tirar ouro delas. Isso é uma ilusão”, garantiu. Mesmo não tendo o minério, elas agregam muito valor e acabam sendo comercializadas no mercado ilegal.
 
Segundo Edithe, autora do artigo que será publicado no Anuário 2015-2016, o leitor vai encontrar, no livro, um panorama da arqueologia da Amazônia e das culturas ancestrais. De acordo com a pesquisadora, no Estado há centenas de sítios arqueológicos. A presença humana mais antiga foi localizada na caverna da Gruta da Pedra Pintada, em Monte Alegre, e na Gruta do Gavião, na região de Carajás, cujas ocupações remontam, respectivamente, a 11 mil e 8 mil anos atrás.
 
Visibilidade
 
Entre as peças que têm mais visibilidade estão os artefatos produzidos pelos índios, como as pontas de flechas feitas em pedras. Uma das mais belas, feita de quartzo, foi doada para o Goeldi. A peça mede 5 centímetros e tem o seu período de vida estimado em mais de 5 mil anos. “Além das flechas, os muiraquitãs, as cerâmicas do Marajó e Tapajós têm bastante visibilidade”, diz. No acervo, há também peças de cerâmica com idades entre 1 mil e 1.500 anos, como as urnas funerárias encontradas na região marajoara.
 
Diário Online
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