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Após acordo com BTG Pactual, Eike busca o apoio da Petrobras

8 de março de 2013

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No dia seguinte ao anúncio da parceria entre o Grupo EBX e o BTG Pactual, o empresário Eike Batista foi recebido ontem pela presidente Dilma Rousseff. O empresário foi a Brasília em busca de apoio da Petrobras para os seus projetos. A agenda possível de negócios do EBX com a estatal pode incluir a venda de plataformas (tipo FPSO) já encomendadas pela OGX à co-irmã OSX e que podem não ser necessárias caso a petroleira de Batista não encontre petróleo. Outro pedido seria o de arrendamento de alguma área no porto do Açu, da LLX, para petroleiros e navios de apoio. E até venda de ativos de outras empresas. “Pode ser qualquer coisa”, resumiu um executivo.

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Fonte próxima ao grupo resumiu o acordo anunciado, na quarta-feira, com o BTG Pactual como “fechado no momento adequado”, para traduzir de uma forma mineira (como o próprio Batista, que nasceu em Governador Valadares) o “‘timing” da operação.

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Há alguns meses o mercado anda preocupado com a capacidade do empresário de conseguir recursos para levar adiante ou concluir seus projetos. Com a demora na entrega de resultados, Batista vem perdendo credibilidade. A entrada do BTG de André Esteves no negócio tenta trazer essa credibilidade de volta e, por enquanto, apenas isso. O comunicado (que sequer foi encaminhado pelas partes à Comissão de Valores Mobiliários) é vago. Fala em assessoria financeira, linhas de crédito e menciona investimento de capital de longo prazo. Todo esse aval é relevante no momento, como mostrou ontem o comportamento das ações de empresas do grupo, no entanto, não há nenhum número, nenhuma liberação de recursos para já.

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Ontem, MMX subiu 17%, mas em 12 meses acumula queda de 59%. A desvalorização no longo prazo evidencia o espaço que a ação tem para subir, se o grupo recuperar a confiança dos investidores. A mesma análise vale para OGX, que teve alta de 16,4%, reduzindo a baixa em 12 meses para 80%. OSX subiu 10,18% e de um ano para cá ainda cai 53,86%. A MPX, que vem de altas recentes ante a perspectiva de que pode ser vendida, subiu menos, 1,5%, e perde, em um ano, 14,22%.

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Pelo “acordo de cooperação estratégica de negócios”, a remuneração do BTG e a liberação de recursos virá a partir dos resultados apresentados pelos projetos e pela performance das ações das empresas na EBX na bolsa.

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Sem participação societária na EBX, o BTG não toma o risco de crédito do grupo, vai agir como banqueiro ao centralizar, embora sem exclusividade, as operações de captação de recursos do grupo e cobrar honorários pelo trabalho. Ou seja, em vez de Batista, será o BTG quem irá buscar parceiros e crédito para seus negócios.

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O banco também entra na gestão estratégica, o que, em tese, serviria para dissipar a imagem de hoje do empresário, de que não entrega resultados.

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Empresário ouvido pelo Valor pondera que o BTG não tem experiência com gerência de grandes empreendimentos, o que teria faltado também a Batista. Mais do que dinheiro. O mercado mantém a expectativa de que alguns ativos que já estão à venda continuem nesse processo. O principal deles é a elétrica MPX, que deve ter o controle passado à alemã E.ON e a um grupo de fundos. Batista ganhou mais fôlego para vender ativos e poderá conseguir melhores preços. Um analista acredita que a ideia do acordo foi dar um choque de percepção ao seu negócio, ainda que o preço aceito por ele possa ter sido alto.

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Os investidores se perguntavam ontem como será a convivência entre duas personalidades muito fortes – o empreendedor e o homem das finanças. Um deles diz acreditar em um casamento perfeito: “Um faz o marketing; o outro vende”, resumiu.

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Para muitos, o processo pode terminar com apenas um deles no comando. O BTG poderá escolher os projetos em que irá investir. A partir de reuniões estratégicas vai se inteirar de tudo o que ocorre no império EBX. Por aceitar um parceiro como Esteves, investidores também interpretam que, para fechar esse acordo, Eike estava realmente sem fôlego financeiro.

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Fonte: Valor Econômico

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