Após três anos de déficit, produção deve superar demanda em 2013
11 de outubro de 2012
rnA demanda global por cobre refinado deve exceder a produção neste ano, mas a oferta deve superar a procura pelo metal em 2013, na estimativa do International Cooper Study Group (ICSG), organização internacional
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A demanda global por cobre refinado deve exceder a produção neste ano, mas a oferta deve superar a procura pelo metal em 2013, na estimativa do International Cooper Study Group (ICSG), organização internacional de pesquisa e discussões sobre o metal. Em 2012, o déficit esperado é de aproximadamente 400 mil toneladas métricas. No ano que vem, entretanto, a expectativa é de que outras 400 mil toneladas de produção de cobre refinado supere a procura no mercado global, principalmente por conta da inauguração de novos projetos no mundo. Com isso, 2013 deve interromper uma sequência de três anos de déficit do metal.
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No primeiro semestre, problemas operacionais, condições adversas de tempo e greves trabalhistas contribuíram para uma redução da extração do mineral. Com isso, a expectativa é de um aumento modesto de 2,9% em 2012 – o que já é um avanço uma vez que a produção ficou estagnada nos últimos três anos. O aumento é resultante principalmente da atividade em operações já existentes do que de novos projetos. Com a entrada em operação de novas companhias, a extração deve crescer aproximadamente 6,4% em 2013, na estimativa da organização, para 17,5 milhões de toneladas. Adiamentos e atrasos em projetos também deixarão apenas para 2014, ou para os anos seguintes, um novo aumento da disponibilidade do metal, segundo o ICSG. Em 2013, a capacidade utilizada na produção do metal deve chegar a 81%, contra 79% no ano passado.
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Já produção do cobre refinado deve crescer 1,5% neste ano, para 20 milhões de toneladas, aumento limitado pela escassez de concentrado de cobre, que é o material resultante do processo de concentração do metal após a extração. No ano que vem, o crescimento deve chegar a 6%, para 21,2 milhões de toneladas, principalmente em decorrência de novos projetos em operação na África e novas unidades de eletrolíticos na China.
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Já o consumo de cobre refinado global em 2012 deve crescer 2,6% em relação a 2011, para 20,4 milhões de toneladas. Quando a China é excluída das contas, o resultado é um declínio de 1% no ano. Juntamente com os Estados Unidos, o país asiático vai compensar a redução do consumo do Japão e da União Europeia. Para 2013, a estimativa é de leve aumento da demanda global, ainda que se espere um avanço de 5% da procura chinesa.
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O ICSG admite, entretanto, a possibilidade de que os números sejam diferentes de sua previsão atual, já que podem ser influenciados por diversos fatores macroeconômicos, como o enfraquecimento da economia global, questões ligadas a crise da dívida europeia e transições políticas no Oriente Médio e no norte da África, além de possíveis quebras de produção em decorrência de greves trabalhistas, escassez de insumos ou capital e fatores técnicos.
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Fonte: Valor Econômico