Inovação e avanço tecnológico são determinantes no desempenho das grandes empresas e tornaram-se parcela relevante dos planos de investimentos na última década. Exemplos disso são os altos inves
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Inovação e avanço tecnológico são determinantes no desempenho das grandes empresas e tornaram-se parcela relevante dos planos de investimentos na última década. Exemplos disso são os altos investimentos de algumas companhias em tecnologia, além de outras iniciativas do setor privado, como a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), lançada em 2008 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A capacidade de um estado de definir seus interesses, planejar e intervir em sua economia são fatores que criam demanda e influenciam o desenvolvimento da indústria local.
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Portanto, além de iniciativas do setor privado, o setor público precisa definir políticas e criar condições para o desenvolvimento tecnológico. Nesse sentido, o governo brasileiro aprovou, em 2011, a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) para o período 2012-2015, a fim de aproximar o país do perfil produtivo das economias mais desenvolvidas. No mesmo ano, foi definido o Plano Nacional de Mineração 2030 (PNM – 2030) com objetivos de médio e longo prazos para tornar o setor mineral um alicerce de desenvolvimento sustentável.
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Alguns fatores dificultam o avanço em tecnologia e a formação de mão de obra especializada é um dos temas mais sensíveis. Informações da CNI indicam um déficit de 150 mil engenheiros no Brasil, enquanto, segundo o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), pouco mais de 40 mil registros são emitidos por ano. Países com altos índices de produtividade também lideram a lista de investimentos em formação e valorização de pesquisa e desenvolvimento (P&D). No Brasil, há uma proporção de seis engenheiros para cada mil trabalhadores, enquanto nos EUA e no Japão essa comparação chega a 25 engenheiros para cada mil pessoas economicamente ativas, de acordo com dados da Empresa Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
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A capacidade de geração de conhecimento e tecnologia está diretamente relacionada à geração de conteúdo local e com o crescimento econômico do país. Abdicar de inovação pode levar à compra de produtos no mercado internacional. O Brasil pode atrair investimentos de US$ 75 bilhões em mineração e metalurgia dos não ferrosos para o período 2012-2016, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Por outro lado, estimativas do Centro de Tecnologia Mineral do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cetem/MCTI) indicam que 40% ou US$ 30 bilhões podem ser destinados à importação de equipamentos (US$ 22,5 bilhões) e serviços (US$ 7,5 bilhões).
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O desempenho das políticas públicas, como a valorização das Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), e das iniciativas do setor privado, como investimentos em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia (PD&I), determinarão o posicionamento do país na indústria minerometalúrgica. O Brasil tem em suas mãos a oportunidade de decidir seu futuro, se tornar um exportador de tecnologia e produtos de valor agregado ou continuar como um exportador de commodities.
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Carlos Augusto Silva é sócio da PwC Brasil e líder da área de Metals; Felipe Gomes é gerente da PwC Brasil e especialista em mineração
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Fonte: Estado de Minas
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