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Artigo: Para a mineração ser mais querida, por José Mendo Mizael de Souza

19 de março de 2013

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Os que acompanhamos a Mineração temos assistido a um crescimento de manifestações e ações contrárias ao exercício da mesma, no Brasil e no exterior, com pessoas se organizando e colocando-se contra a abertura ou a expansão de empreendimentos minerários, os quais, como bem sabemos, são essenciais ao desenvolvimento sustentável.

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A constatação de tais fatos coloca-nos, pois, de imediato, uma questão-chave à sobrevivência e à expansão da atividade minerária, a saber: como a Mineração ser mais querida, ou, idealmente, a mais querida?

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Rajendra S. Sisodia, David B. Wolfe e Jagdlish N. Sheth, em seu livro ?Os segredos das empresas mais queridas? (EMQs), nos indicam o ?caminho das pedras?.

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Para os citados autores, ?tais companhias (EMQs) consideram o bem estar de cada indivíduo como um fim em si mesmo e operam com uma visão ampla do impacto que causam. No Iivro são apresentadas algumas das maneiras pelas quais essas companhias cumprem suas obrigações para com a sociedade: (a) Incentivam o compromisso dos funcionários: seus funcionários cumprem um papel central nas atividades de apoio às comunidades que estão no raio de influência da empresa; (b) Cuidam das comunidades locais: as EMQs se esforçam para ser bem-vindas nessas comunidades e reconhecidas como boas cidadãs corporativas, que respondem rapidamente às exigências locais; (c) Fomentam o desenvolvimento da comunidade global: preocupam-se em ser exemplo de cidadania global e para alcançar esse objetivo costumam ir além dos requisitos locais; (d) Melhoram o contexto competitivo: as corporações podem fazer coisas que os indivíduos não podem, por exemplo, utilizar suas capacidades diferenciadas para oferecer à sociedade serviços que por sua vez fomentem a melhor competição no mercado; (e) Focam a sustentabilidade: as EMQs concentram-se em diferentes esforços dirigidos para operar de forma amigável com o meio ambiente. Muitas delas investem recursos extras para atenuar ao máximo o impacto de suas operações sobre o ambiente. E não fazem isso porque é previsto em lei, mas porque é o correto e (f) Cooperam com os governos: a ideia de empresas que assumem uma agenda social não é nova, mas esta era está marcada por uma cooperação significativamente maior entre os governos e as corporações. À medida que as companhias começam a reconhecer o impacto de suas atividades sobre a comunidade e vice-versa, compreendem melhor o papel dos governos como representantes da sociedade. Especialmente as EMQs, veem aos governos como parceiros importantes. ?A ideia de um estado de bem-estar pode ter perdido a viabilidade em grande parte, mas as necessidades que deram origem e peso às ideias desse tipo não desapareceram?, escrevem os autores, manifestando sua impressão de que o bem-estar da civilização passou a depender de modo significativo das culturas corporativas e das ações das empresas?.

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Nos trechos finais do livro² é enfatizado que ?o que imprime o status único das EMQs é a maneira como expressam seus desafios por meio de sua cultura e de suas operações. Isso se comprova quando:

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– Desafiam livremente os dogmas de seu setor.

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-Criam valor ao alinhar os interesses dos stakeholders.

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-Estão dispostas a eliminar as visões tradicionais.

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-Operam com uma perspectiva de longo prazo.

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-Preferem crescer de forma orgânica e não por fusões e aquisições.

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-Combinam trabalho e diversão.

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– Recusam os modelos de marketing tradicionais?.

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Nesse exato instante?, destacam os autores, ?sua companhia está em uma encruzilhada: ou adapta-se às crescentes exigências de transparência e conduta colaborativa, ou segue o caminho dos dinossauros. A primeira opção, que privilegia os stakeholders, é mais eficaz?.

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Interessante como as colocações de Sisodia, Wolfe e Sheth vêm ao encontro de muitos dos aspectos que enfatizei no livro de minha autoria ?Família S.A: Construa a Empresa de Amor que faz a diferença? (Mandamentos Editora, 2009) e como as EMQs se encaixam no que disse Bertolt Brecht, a saber: ?Não basta ter sido bom quando se deixa o mundo. É preciso deixar um mundo melhor? (página 9 do Família S.A).

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Tornar o mundo melhor ? e, especialmente, convencer nossos stakeholders de que somos parceiros nesse esforço ? é, pois, sem sombra de dúvida, a atitude primeira e primordial para a Mineração tornar-se querida: vamos, pois, adotá-la!

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Autor: José Mendo Mizael de Souza – Engenheiro de Minas e Metalurgista, EEUFMG, 1961. Ex-Aluno Honorário da Escola de Minas de Ouro Preto. Presidente da J.Mendo Consultoria Ltda. Um dos fundadores, Presidente do Conselho Diretor e da Diretoria da APROMIN – Associação Brasileira para o Progresso da Mineração. Fundador e Presidente do CEAMIN – Centro de Estudos Avançados em Mineração. Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas e Presidente do Conselho Empresarial de Mineração e Siderurgia da Entidade. Coordenador, como Diretor do BDMG, em 1976, da fundação do Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM. Como representante do IBRAM, um dos 3 fundadores da ADIMB – Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira.

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Fonte: Brasil Mining Site

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