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Em meio a um ambiente econômico internacional difícil, exportações sob ameaça da desaceleração chinesa e das fortes mudanças climáticas que agridem a produção industrial e agrícola, a Austrália busca diversificar suas relações comerciais. Com forte dependência do comércio com a Ásia, o país agora se volta para o vizinho mais distante: a América Latina.
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“Agora é o momento para a aproximação dos países latinos e a mineração é a nossa porta de entrada”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Austrália, Bob Carr, presente em conferência sobre as relações com a América Latina, em Sydney. “A Austrália enfrenta desafios e só podemos ultrapassá-los com multilateralismo”, completou, citando as fortes enchentes que assolaram a costa do país no ano passado.
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Para o ministro, uma aproximação da América Latina via a indústria de mineração permitiria uma maior diversificação das relações bilaterais do país, diminuindo os riscos e as consequências da crise internacional. As oportunidades de investimentos em países cujo setor de mineração está menos consolidado do que o australiano, também é um fator de atração da indústria.
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Hoje, apenas países asiáticos figuram entre os dez maiores parceiros comerciais da Austrália, com exceção dos EUA e do Reino Unido. A China, sozinha, representa 22,6% das exportações de bens e serviços do país que, em 2010, somaram US$ 284,6 bilhões, alta de 13% ante 2009. Juntos, China, Japão e Coreia – os três maiores destinos das exportações australianas – representam quase 50% das vendas do país. Para a América Latina, por sua vez, a Austrália exporta apenas cerca de US$ 3 bilhões em mercadorias por ano.
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A indústria mineradora é o que traz impulso às relações exteriores da Austrália. Com a liderança global na produção dos segmentos de bauxita e alumina, e a subliderança em ouro, minério de ferro, zinco e estanho, a Austrália tem 47% de suas exportações vindas do setor de mineração e combustíveis. Segundo dados do Departamento de Relações Exteriores e Comércio da Austrália, o valor bruto de produção dessa indústria somou US$ 117 bilhões em 2010, o que o fez ser responsável por 7,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
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“Agora, a América Latina está mais aberta (comercialmente) e nós vivemos um boom de commodities. Temos capital e experiência para investir na região”, disse Carr. Dentre os países latinos, o Chile é o que tem maior aproximação comercial com a Austrália. Os países têm um acordo de comércio, estratégia que está sendo utilizada agora também com a Colômbia.
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Com o Brasil, no entanto, as relações ainda são distantes. A Austrália ocupa a 17ª posição entre os principais parceiros do Brasil no grupo dos países desenvolvidos, representando apenas 1,3% dos fluxos com o bloco no ano passado. De acordo com dados do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, o intercâmbio comercial entre os dois países totalizou US$ 2,8 bilhões em 2011. Enquanto as exportações do Brasil para o país somaram US$ 800 milhões – com foco nos minérios e concentrados e aviões, as importações ficaram em US$ 1,9 bilhão, sendo que os principais produtos adquiridos do mercado australiano foram os combustíveis minerais (hulha/carvão e petróleo).
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A regulação complexa, dificuldades com a infraestrutura e a falta de segurança foram citados pelos executivos durante a conferência como algumas barreiras que limitam os investimentos australianos e o comércio com o país. “É um desafio para os Australianos entender o Brasil, suas regulações, cultura de negócios”, disse o embaixador da Austrália no Brasil, Brett Hackett. Segundo ele, por outro lado, o país tem se destacado do restante da América Latina, principalmente pelo tamanho de seu mercado e pelas oportunidades que apresenta na área mineral. “Ter sucesso no Brasil é um desafio. O país atrai muitas empresas, de muitos países, e os australianos têm de saber como chamar a atenção”, completou. Segundo ele, hoje, há 35 companhias australianas que atuam no país na indústria de mineração.
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Fonte: Valor Econômico
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