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Bactéria que “come” cobre pode dar R$ 2,8 bi para Vale

27 de agosto de 2012

rnEmpresa que aproveitar metal que está no fundo de lagoa de descarte. A primeira etapa é identificar a bactéria ideal para ‘comer’ o cobre e absorver o maior volume do metalrnA Vale desenvolve, em parceria com a USP, uma tecnolo

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Empresa que aproveitar metal que está no fundo de lagoa de descarte. A primeira etapa é identificar a bactéria ideal para ‘comer’ o cobre e absorver o maior volume do metal

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A Vale desenvolve, em parceria com a USP, uma tecnologia para identificar bactérias e fungos capazes de “comer” cobre para, no futuro, aproveitar economicamente os rejeitos produzidos no beneficiamento do mineral e absorvidos por esses micro-organismos.

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O projeto conta com financiamento não reembolsável (a fundo perdido) de R$ 12 milhões do BNDES e contrapartida de R$ 3 milhões da Vale. A pesquisa está em curso na barragem de rejeitos da mina de Sossego, em Carajás (PA).

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Nessa espécie de lago onde são depositadas as sobras do processamento do cobre, há 90 milhões de toneladas de detritos -nelas, há teor residual de 0,07% de cobre.

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Ao preço atual do metal, a Vale teria receita bruta (sem descontar as despesas) extra de US$ 1,4 bilhão (R$ 2,8 bilhões) com o aproveitamento dos resíduos da barragem -mais do que a companhia investiu, de 1997 a 2004, para colocar a mina em operação (R$ 1,2 bilhão).

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“Será uma tecnologia revolucionária para o mundo da mineração. O aproveitamento do cobre será muito maior do que hoje”, disse Eugênio Victorasso, diretor de operações de cobre da Vale.

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Até a viabilidade econômica do projeto, porém, ainda há um longo percurso. A primeira etapa é identificar a bactéria ou fungo ideal para “comer” o cobre, com capacidade para absorver o maior volume possível do metal.

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Já foram coletadas 35 amostras de micro-organismos na própria barragem de rejeitos, mas os 20 pesquisadores da Engenharia Química da USP envolvidos na pesquisa voltarão ao local em busca de mais amostras de bactérias e fungos, a fim de aumentar as chances de selecionar os melhores.

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Na segunda fase, a pesquisa se voltará ao desenvolvimento de um processo para retirar dos micro-organismos o cobre absorvido por eles, o que permitirá o aproveitamento comercial do produto.

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Para Victorasso, porém, a etapa de seleção das bactérias é a mais importante e a mais difícil. O segundo passo, diz, é “uma consequência natural” do primeiro.

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Se tiver êxito, será a primeira iniciativa no mundo a viabilizar economicamente os rejeitos da mineração e beneficiamento do cobre.

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O metal é raro na natureza. Em uma tonelada de minério extraída, só existe de 0,9% a 1,5% de cobre puro. Na mina da Vale, o percentual é de 1%. Por isso, o metal é valorizado: a tonelada é cotado na faixa de US$ 7.600.

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A cada ano, a Vale extrai 13 milhões de toneladas de minério bruto (com cobre contido) da mina no Pará. Para abrigar o detrito, a Vale está aprofundando em quatro metros a barragem de rejeito.

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Fonte: Folha de S. Paulo

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