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BAUXITA E FERRO COMPÕEM PROJETOS ESTIMADOS EM US$ 9 BILHÕES

5 de abril de 2012

A World Mineral Resources Participações S.A. (WMR), mineradora criada pelo geólogo baiano João Carlos Cavalcanti, toca três projetos na Bahia estimados em valor presente líquido de US$ 9 bilhõ

A World Mineral Resources Participações S.A. (WMR), mineradora criada pelo geólogo baiano João Carlos Cavalcanti, toca três projetos na Bahia estimados em valor presente líquido de US$ 9 bilhões. O montante é o total estimado para um depósito de minério de ferro de 4 bilhões de toneladas, outro de bauxita usada na produção de alumínio ainda não medida em quantidade e um terceiro de terras raras com 28 milhões de toneladas. O comunicado formal das descobertas será realizado no final deste mês ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), conforme antecipou ao iG.

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O cálculo do geólogo é de que a WMR consiga levantar 20% desse capital, cerca de US$ 1,8 bilhão, por meio da venda de parte dos projetos a investidores internacionais dispostos a garantir insumos minerais. A maior parte pode vir da mina de ferro Caetité do Norte, um bloco mineral estendido por 50 mil hectares. “Trata-se de uma nova província mineral no Brasil, com diversos depósitos minerais num raio de 50 quilômetros. Temos sete blocos grandes que podem chegar a 4 bilhões de toneladas de minério com teor que pode variar entre 38% e 40% de ferro”, diz Cavalcanti.

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O depósito é avaliado por ele em US$ 6 bilhões. A meta inicial é confirmar entre 600 e 800 milhões de  toneladas de  ferro  para  viabilizar projeto  orçado  em  US$  2  bilhões  para  instalar  a estrutura industrial necessária para produzir 20 milhões de toneladas anuais de pellet feeed (o minério concentrado com teor padrão internacional médio de 65% de ferro). “Já fizemos o ensaio tecnológico para produzir pellet feed com 65%, igual ao da Vale e da BHP Billiton”, afirma.

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Segundo ele, a Vale sondou a região sem encontrar o mineral. “Grande parte [do depósito] estava descoberto por uma camada de areia. A Vale passou batido por lá”, conta. “Ela tinha requerido cinco áreas, mas desistiu porque não viu [a reserva]. A Vale não soube acompanhar as anomalias magnéticas do terreno”, avalia.

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A confirmação geológica de apenas uma parte da reserva é pontapé da WMR para conseguir viabilizar o início do projeto. “Nosso objetivo agora é cubar [comprovar reserva] 600 a 800 milhões de toneladas de recursos medidos para produzir a preço de US$ 142 por tonelada de pellet feed”, diz Cavalcanti.

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A mineradora pretende investir US$ 60 milhões na empreitada. O passo seguinte será atrair investidores para construir a mina. “Já existe interesse de vários grupos internacionais. Acabamos de voltar dos Estados Unidos e Canadá, onde sentamos com um banco de investimento interessado em entrar no projeto”, revela.

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O corredor logístico é necessário para ligar Caetité Norte à Ferrovia de Integração Oeste- Leste, em construção pelo governo da Bahia. O ramal está orçado em US$ 280 milhões para conectar as cidades Lagoa Real e Macaúba, norte baiano. “Já tive uma reunião com o ministro dos Transportes, doutor Paulo Sérgio, e já discutimos esse ramal ferroviário que deve ser construído pela Valec estatal ferroviária federal]”, diz o geólogo.

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Bauxita ao lado da Rio Tinto

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Outro projeto em fase de pesquisa pela WMR está sendo toado em Boa Vista do Tupi, região central da Bahia, onde a empresa avalia reserva de bauxita com teor de óxido de alumínio entre 15% e 56%. A investida é para identificar bloco mineral com o insumo do alumínio com teor médio padrão de 30% para estruturar um projeto de exploração. “Provavelmente vamos produzir alumina [concentrado feito de bauxita para produção de metal] em Boa Vista do Tupi e levar para um lugar com energia mais barata [para produzir chapas de alumínio]”, antecipa Cavalcanti.

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Ele explica que apesar de estar em uma região onde não há floresta tropical, local mais comum para a incidência de bauxita, a reserva é uma extensão do corpo mineral localizado pela anglo-canadense Rio Tinto Alcan em Jaguaquara, sudeste baiano, na qual a gigante da mineração investe US$ 4,5 bilhões para produzir 1,8 milhão de toneladas anuais. “A Rio Tinto achou que tinha descoberto tudo. 

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Só que a rocha mãe se prolonga para o norte, chegando em Boa Vista do Tupi, onde há milhões de anos havia floresta tropical”, afirma.

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Fonte: IG

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