BC projeta US$ 4 bilhões de investimento estrangeiro este mês
26 de setembro de 2012
rnSegundo chefe do Departamento Econômico, Tulio Maciel, até o dia 21 o IED já soma US$ 2,52 bilhões e, no ano, US$ 43,2 bilhõesrn rnO Banco Central informou ontem que os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED)
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Segundo chefe do Departamento Econômico, Tulio Maciel, até o dia 21 o IED já soma US$ 2,52 bilhões e, no ano, US$ 43,2 bilhões
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O Banco Central informou ontem que os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 5,03 bilhões em agosto. De acordo com Túlio Maciel,chefe do Departamento Econômico do BC, a projeção para setembro é que o IED alcance US$ 4 bilhões. Maciel adiantou que, até o dia 21 deste mês, o resultado já está em US$ 2,52 bilhões.
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“No acumulado do ano já temos US$ 43,2 bilhões de IED, um fluxo robusto. Portanto, a
projeção anterior ficou para trás”, afirma Maciel.
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Para o ano, a projeção para o IED passou de 2,12% para 2,61% do Produto Interno Bruto (PIB). Até agosto, o IED do ano subiu de 2,69% em 2011 para 2,85% do PIB. O IED acumulado em 12 meses chegou a US$ 65,75 b ilhões, o que equivale a 2,80% do produto.
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Maciel salientou que o Brasil continua um “receptor” de recursos mesmo em uma conjuntura internacional adversa. Isso se explica, de acordo com ele, pela demanda doméstica robusta e pelos fundamentos macroeconômicos sólidos. Já a conta de viagens internacionais tem andado “de lado”, segundo Maciel. “Esta conta não é protagonista, como foi em 2011”, lembrou.
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A indústria foi o único setor a registrar aumento de IE em 2012 até agosto. A atração de aplicações para o setor manufatureiro neste ano até o mês passado foi de US$ 16,628 bilhões, um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2011.
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No ano passado, a captação acumulada de investimentos foi de US$ 26,837 bilhões. O segmento que mais se destacou neste ano até agora foi o de metalurgia, responsável pelo ingresso de US$ 4,38 bilhões. Em seguida vieram produtos alimentícios (US$ 4,17 bilhões), farmoquímicos e farmacêuticos (US$ 1,33 bilhão) e químicos (US$ 1,10 bilhão). Os demais setores receberam recursos inferiores a US$ 1 bilhão, como o de veículos automotores (US$ 780 milhões).
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Apesar de registrar uma queda de 26,28% na atração de investimentos nos primeiros oito meses do ano em relação a 2011, o setor de serviços se sustenta na liderança, ao captar US$ 16,873 bilhões em 2012 até o mês passado. De janeiro a agosto de 2011, o saldo foi de US$ 22,89 bilhões, atingindo a marca de US$ 31,98 bilhões no encerramento daquele ano. Os serviços financeiros foram os responsáveis pela maior recepção de recursos, um total de US$ 4,07 bilhões. Na sequência estavam comércio, descontando-se o segmento de veículos (US$ 3,087 bilhões), atividades imobiliárias (US$ 1,59 bilhão) e eletricidade, gás e outras utilidades (US$ 1,37 bilhão). Os demais segmentos tiveram captação abaixo de US$ 1 bilhão.
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Já agricultura, pecuária e extrativa mineral registrou forte queda de IED de janeiro a agosto de 2011 para 2012 , de 43,73%. De um ano para o outro, o saldo passou de US$ 7,69 bilhões para US$ 4,32 bilhões.
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Este ano até agora, os destaques foram para extração de petróleo e gás natural (US$ 2,128 bilhões) e extração de minerais metálicos (US$ 1,292 bilhão).
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O BC informou ainda que o investimento estrangeiro em títulos de renda fixa brasileiros somou US$ 915 milhões em agosto e chega a US$ 7,193 bilhões no acumulado do ano. O resultado de 2011, no mesmo período ficou em US$ 11,315 bilhões. As empresas instaladas no Brasil enviaram US$ 2,523 bilhões em agosto às sedes na forma de remessa de lucros e dividendos em agosto. O dado mostra uma forte redução na comparação com igual mês do ano passado, quando as transferências somaram US$ 5,109 bilhões.
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No acumulado de janeiro a agosto de 2012, a remessa de lucros soma US$ 14,22 bilhões, também bem menor que os US$ 25,69 bilhões registrados em igual período do ano passado. O BC informou também que o pagamento de juros atrelados a dívidas contraídas no Exterior somou US$ 583 milhões no mês passado e alcançou US$ 6,82 bilhões no acumulado dos oito primeiros meses do ano.
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Já a estimativa para o déficit em conta corrente passou de 2,38% para 2,31% do PIB.
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Déficit em conta corrente
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O déficit em transações correntes no país somou US$ 2,56 bilhões em agosto, valor inferior ao observado em igual mês de 2011, quando as transações correntes registraram saldo negativo de US$ 4,84 bilhões.
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A redução do déficit em conta corrente para 2012 explica-se basicamente pela menor remessa de lucros e dividendos, segundo Maciel. “Esta tem sido uma conta importante”, resumiu.
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Essa desaceleração, de acordo com ele, deve-se basicamente a três motivos: atividade econômica moderada no primeiro semestre; dólar mais caro do que no ano passado, o que encarece o envido de remessas; e maior recepção, pelo Brasil, de lucros e dividendos do que o verificado em anos anteriores.
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Para setembro, o Banco Central projeta para o déficit em conta corrente de US$ 2,6 bilhões. Dentro dessa conta, o déficit na conta de viagens já soma US$ 963 milhões neste mês até o dia 21. O número é a diferença entre receitas de US$ 336 milhões e despesas de US$ 1,299 bilhão verificadas até o momento.O déficit com aluguel de equipamento soma US$ 600 bi em setembro até o dia 21, enquanto o resultado negativo com remessas de lucros e dividendos está em US$ 506 milhões.
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Viagens internacionais
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A conta de viagens internacionais registrou déficit de US$ 1,38 bilhão em agosto, resultado do volume de despesas pagas por brasileiros no exterior acima das receitas obtidas com turistas estrangeiros em passeio pelo Brasil.
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Fonte: Brasil Econômico