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Belo Horizonte é o terceiro mercado de coworking no Brasil

27 de novembro de 2018

Maior empresa do setor no mundo lança espaço de seis andares na cidade

Terceiro maior mercado de coworkings do Brasil segundo a Associação Nacional de Coworking e Escritórios Virtuais (Ancev), a capital mineira recebeu na semana passada uma unidade da WeWork, maior rede de espaços de trabalho do mundo, avaliada em US$ 45 bilhões. “Belo Horizonte possui muita mão de obra qualificada e tradição em diversos setores, de mineração a tecnologia, e sempre esteve nos planos de expansão da WeWork, desde que chegamos ao Brasil”, afirma o diretor geral da WeWork no Brasil, Lucas Mendes.

A unidade mineira conta com seis andares na Savassi, região Centro-Sul da capital, com capacidade para 200 posições de trabalho. A empresa planeja chegar a 850 até fevereiro de 2019. Belo Horizonte é a terceira cidade a receber a WeWork no país, depois de São Paulo e Rio de Janeiro.

Para o presidente da Ancev, Ernísio Martines Dias, o mercado dos coworkings se consolidou e tem ampliado sua atuação. “Reduzir custos é importante, mas além das startups, multinacionais, empresas do setor automobilístico e bancos, buscam coworkings para incentivar a criatividade em setores específicos”, avalia Dias.

Segundo Mendes, 30% da base mundial de clientes da WeWork são grandes empresas com mais de mil funcionários. Crescimento. Atuando há mais de cinco anos na capital mineira, empresas de coworkings relatam crescimento de ao menos 30% ao ano. Aberto em 2013, o espaço Guaja dobrou o faturamento entre 2016 e 2017. Há dois anos, o Guaja saiu de um espaço de 120 m² e ocupou uma casa de mais de 500 m² no bairro Funcionários, região Centro-Sul da capital. “O Guaja sempre se preocupou em diversificar suas atividades com o núcleo de eventos, promoção de cursos e investimento em educação”, afirma o fundador e CEO do Guaja, Lucas Durães.

O Desk Coworking, que abriu em 2012 e tem duas unidades na capital, uma no bairro Luxemburgo, Centro-Sul, e outra no Santa Efigênia, região Leste da capital, cresceu, em média, 30% por ano. “O mercado cresceu. Hoje trabalhamos com eventos, salas privativas, escritório virtual. Os escritórios também foram além do setor de tecnologia, e atendem profissionais de saúde, arquitetos, advogados”, diz o proprietário da Desk, Paulo Santos Leite.

No Brasil. A WeWork chegou ao país em 2017 e conta com doze endereços em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. São mais de 12 mil funcionários. Até o fim do ano, pretende chegar a 15 prédios e mais de 15 mil membros no país.

Programa mira no setor de mineração

Junto com sua primeira unidade, a WeWork trouxe para Belo Horizonte um projeto na área de mineração exclusivo para a cidade, o Mining Hub. A iniciativa visa gerar inovação aplicada ao segmento e apoia startups e empreendedores em estágio inicial. “O projeto integra o WeWork Labs, iniciativa global da WeWork para apoio a startups, trazida ao Brasil no início de 2018”, afirma o diretor geral da WeWork no Brasil, Lucas Mendes.

Para as startups, a empresa oferece espaços de trabalho, um programa com mentores, curadoria, conexão com potenciais clientes e, eventualmente, investidores e fundos.

O programa também oferece a grandes empresas a possibilidade de inovar em suas estratégias a partir da aproximação com essas startups. O projeto tem parcerias com universidades, aceleradoras, incubadoras e empresas de Venture Capital.

* Acesse a matéria no Jornal O Tempo

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