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Brasil conta com novo laboratório para análise de conservação de monumentos

21 de setembro de 2016

Unidade de pesquisa do Centro de Tecnologia Mineral recebeu R$ 1 milhão em investimentos. Laboratório deve posicionar Centro como referência na América Latina

O Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) inaugurou, na última sexta-feira (16), no Rio de Janeiro (RJ), o Laboratório de Conservação e Alterabilidade de Materiais de Construção (Lacon).

A iniciativa tem como objetivo ampliar a análise em relação ao estado de conservação de rochas e materiais de construção em monumentos e imóveis tombados. A nova unidade deve consolidar o instituto como referência na América Latina.

Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Cetem desenvolve estudos técnicos e científicos voltados para a análise de mármores, granitos, azulejos, tintas e argamassas em prédios históricos.

O trabalho começou, em 2008, com o convite do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro (Iphan/RJ) para avaliar as causas das alterações das rochas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que completava 100 anos.

O pesquisador, Roberto Carlos da Conceição Ribeiro, ressalta a importância dos investimentos para o segmento, bem como infraestrutura adequada. "Existem milhares de monumentos em todo mundo que merecem ser preservados e conservados. Para que os restauros sejam bem feitos e de forma consciente, você precisa de um centro de pesquisa que dê todo esse suporte para o trabalho do restaurador, para que não causem danos às vezes irreversíveis em monumentos e estátuas", afirmou.

O laboratório recebeu R$ 1 milhão em investimentos e deve impulsionar as pesquisas na área de caracterização e alterabilidade das rochas e materiais de construção, fortalecendo a parceria com Iphan. A unidade dispõe de máquinas que simulam a ação do tempo e uma série de equipamentos portáteis para o trabalho de campo.

Ao todo, 11 pesquisadores do Cetem foram destacados para atuar na área de conservação de monumentos, um trabalho que apenas as universidades federais da Bahia e de Minas Gerais realizavam.

Ações

Até o momento, os pesquisadores do Cetem já atuaram na preservação das rochas que recobrem o Museu da Quinta da Boa Vista, a Fazenda do Capão do Bispo, a Igreja de São Francisco da Prainha, as Banheiras Históricas da Floresta da Tijuca, o Prédio e Armazéns da Companhia de Navegação Costeira, as calçadas de pedras portuguesas de Copacabana e de Vila Isabel, o Paço Imperial, o Parque Lage, a Igreja da Candelária, o Mosteiro de São Bento, a Companhia Docas, entre outros bens históricos.

Portal Brasil, com informações do MCTIC


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