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Brasil e China fecham acordo de swap

26 de março de 2013

Brasil e China assinam hoje, em Durban, África do Sul, um acordo de swap de moedas que servirá, na prática, para dar mais segurança ao comércio e compromissos financeiros entre os dois países, segundo anuncio

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Brasil e China assinam hoje, em Durban, África do Sul, um acordo de swap de moedas que servirá, na prática, para dar mais segurança ao comércio e compromissos financeiros entre os dois países, segundo anunciou o Banco Central (BC). Pelo acordo, cada um dos bancos centrais se dispõe a tornar disponíveis ao outro até R$ 60 bilhões ou 190 bilhões em yuans (equivalente a aproximadamente US$ 30 bilhões), em caso de dificuldades em obter moeda estrangeira no mercado internacional.

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O acordo, na avaliação dos negociadores brasileiros, não deve servir de estímulo ao comércio. Mas sinaliza ao mercado que uma nova fonte de liquidez protege ambos os países contra dificuldades em seus balanços de pagamento, facilitando a melhoria da classificação de risco de China e Brasil. O arranjo bilateral é uma das iniciativas de coordenação de políticas financeiras e monetárias ensaiadas nos últimos anos pelos países conhecidos como Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que realizam nesta semana sua reunião de cúpula em Durban.

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Duas das principais decisões a serem tomadas pelos ministros da Fazenda e presidentes do Banco Central dos cinco países vão na mesma direção de articulação dos países no mercado financeiro internacional: será anunciado o início oficial das negociações para constituir o Banco dos Brics, um banco de desenvolvimento para projetos conjuntos dos países e atuação em nações menos desenvolvidas, e um “arranjo contingente de reservas”, mecanismo pelo qual cada um dos Brics deixará parte de suas reservas em dólar ou outra moeda conversível disponível a qualquer dos outros membros do grupo, para uso em caso de dificuldades no balanço de pagamentos.

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Enquanto o “arranjo contingente de reservas” é um mecanismo que usa moedas fortes de países desenvolvidos das reservas internacionais dos Brics, o swap a ser assinado entre Brasil e China é totalmente denominado em moeda local e pode ser usado para pagamento de compromissos entre um país e o outro, reduzindo a necessidade de operações de câmbio em dólar, euro ou iene.

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O acordo é especialmente benéfico ao Brasil, que tem na China o maior importador de produtos brasileiros e o maior exportador de mercadorias para o mercado nacional.

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O Brasil vende principalmente commodities como minério de ferro e soja. E importa uma pauta diversificada de produtos, com grande participação de eletroeletrônicos, como celulares e partes para a indústria de televisão, fornos para mineração e pneus, entre outros. Não há interesse do governo brasileiro em estimular o aumento das importações provenientes da China, mas o acordo de swap garante ao mercado que, mesmo em condições mais desfavoráveis, os dois países têm condições de sustentar seu fluxo comercial e de investimentos, recorrendo a esse adicional de reservas acionável a qualquer momento.

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A China fornece pouco mais de 16% de tudo o que o Brasil importa. Em 2012, as importações provenientes daquele país somaram pouco além de US$ 34 bilhões. O acordo com os chineses segue o modelo do acordo de swap firmado com o Fed (banco central dos EUA) em 2008, pelo qual o governo americano se comprometeu a fornecer aos bancos centrais de Brasil, México, Coreia e Cingapura até US$ 30 bilhões de suas reservas contra problemas de liquidez. A medida ajudou a tranquilizar os mercados e evitar especulação contra a moeda desses países.

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O acordo de swap é o primeiro resultado concreto no processo de aproximação das autoridades financeiras dos dois países. Hoje, após reunião dos ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais dos Brics, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Alexandre Tombini, devem detalhar um outro acordo a ser assinado entre os ministérios de Fazenda do Brasil e da China, que, em termos gerais, cria o ambiente institucional para cooperação dos dois países em matérias financeira, monetária e fiscal.

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Os bancos de desenvolvimento dos cinco países também firmarão convênio para cofinanciamento de programas de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável na África.

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Nos últimos dias, diplomatas dos Brics reuniram-se em Durban para negociar os termos da declaração conjunta a ser assinada pelos presidentes. Os Brics devem cobrar maior peso aos países emergentes nas instituições financeiras multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Também devem manifestar a expectativa de decisões sobre esses temas na próxima reunião do G-20, grupo das economias mais influentes no mundo, que se reunirá neste ano na Rússia.

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Fonte: Valor

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