Às vésperas de ganhar um novo conjunto de leis, a indústria brasileira tem visto encolher sua fatia no bolo da mineração global, afastando-se dos picos de produção registrados no passado recente. Apesa
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Às vésperas de ganhar um novo conjunto de leis, a indústria brasileira tem visto encolher sua fatia no bolo da mineração global, afastando-se dos picos de produção registrados no passado recente. Apesar de contar com uma carteira bilionária de projetos e ter se beneficiado de uma explosão dos preços de commodities na última década, o Brasil perdeu participação para seus concorrentes até em produtos tradicionais, como o minério de ferro.
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Um levantamento inédito do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), apresentado à Casa Civil no âmbito das discussões para a elaboração do novo código mineral, traça um panorama histórico do setor e mostra como tem ocorrido essa perda de participação. O estudo verificou os níveis de produção, no Brasil e no exterior, de 15 minerais estratégicos entre 1930 e 2012. Mesmo no minério de ferro, que gerou US$ 31 bilhões em exportações no ano passado, o pico de produção já ficou para trás. Na última década, a participação brasileira na produção mundial viu sua fatia encolher de 20% para 12,5%. No ano passado, o país entregou 375 milhões de toneladas de ferro, frente a uma produção global de 3 bilhões de toneladas.
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“O Brasil tem capacitação de mão de obra, tradição no setor e recursos minerais fartos”, comenta Fernando Coura, presidente do Ibram. “Acontece que esse potencial tem sido comprometido por conta de questões como dificuldades com licenciamento ambiental e limitações de logística. A suspensão de outorgas só agrava ainda mais a situação.”
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Mesmo na produção de ouro, área que em o Brasil figura entre os maiores produtores do mundo, os resultados não são tão estimulantes, apesar de um crescimento verificado a partir de 2005. Na década de 80, o Brasil chegou a responder por 4,15% do negócio global de ouro. Hoje, sua fatia na produção mundial é de 2,55%, com 70 toneladas extraídas no ano passado.
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Hoje, o ferro responde por 39% dos negócios globais no setor mineral. O ouro fica com 16% dos negócios, seguido pelo cobre, que detém participação mundial de 13% no setor. Os demais 32% estão divididos entre minérios como potássio, níquel, prata e fosfato, entre outros. Em proporções mais fortes, esse cenário se reflete na cesta mineral do Brasil. Hoje, 63,3% da produção brasileira (em valores) gira em torno do minério de ferro, enquanto o ouro responde por 4,3% dos negócios minerais do país. O cobre ocupa o terceiro lugar, com participação de 3,65%. O restante está diluído entre vários minerais, com destaque para o níquel (2%) e a bauxita (1,94%).
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Fonte: Valor Econômico
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