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Brasil tem recorde de exportação em 2012

15 de fevereiro de 2013

rnA crise econômica ajudou a inflar o preço do ouro nos mercados internacional e contribuiu para um recorde positivo na balança comercial brasileira: depois de registrar, em 2012, o maior valor com a venda do metal sob a forma sem

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A crise econômica ajudou a inflar o preço do ouro nos mercados internacional e contribuiu para um recorde positivo na balança comercial brasileira: depois de registrar, em 2012, o maior valor com a venda do metal sob a forma semimanufaturada (mais de US$ 2,3 bilhões de ouro em barras, fios ou perfis), o país, em janeiro, bateu também o recorde de venda de ouro em um mês, com exportações de US$ 285,8 milhões – 4% acima do volume embarcado em janeiro de 2012. Foram 5,26 toneladas, 1% a mais que o volume de um ano atrás.

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A forte demanda por ouro para reservas monetárias e para joalheria ajudou a sustentar o mercado e fazer crescer as vendas brasileiras, que tiveram forte aceleração a partir de 2007. O recorde deste ano é significativo, por superar o valor de janeiro de 2012, quando as vendas cresceram 40% em valor e 16% em volume.

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“Quando há crise financeira, a turma corre para o ouro”, resume o diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Ribeiro Tunes. O crescimento das classes médias nos países emergentes têm sido outro fator de sustentação da demanda, lembra.

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Em 2011, a cotação do ouro chegou a superar US$ 1,8 mil e, por um breve período, alcançar US$ 1,9 mil a onça troy (unidade de medida equivalente a 31,1 gramas), bem acima dos patamares atuais, em torno de US$ 1,7 mil. No Brasil, o auge das vendas ao exterior, em volume, foi o ano de 2010, quando as exportações quase chegaram a 46 toneladas. A alta de preços garantiu sucessivos recordes de exportação mesmo em 2012, quando houve um aumento da demanda interna, com compras de 34 toneladas feitas pelo Banco Central brasileiro, seguindo a tendência mundial de aumento das reservas internacionais em ouro.

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Por motivos tributários, o ouro é exportado como ativo financeiro, para bancos no exterior, o que impede os exportadores de ter um quadro muito preciso sobre a demanda final do ouro brasileiro. Não há dúvidas, no setor, porém, que a tendência é de alta.

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“Mesmo sem o ritmo do período recente, a oferta, no Brasil, vai crescer em função dos grandes investimentos nos últimos anos”, prevê o diretor-presidente da Ad Hoc, Consultores Associados, Luciano de Freitas Borges, um dos mais ativos especialista do setor.

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Só uma das maiores investidores no setor, a AngloGold Ashanti, sediada na África do Sul, aplicou, entre 2010 e 2012, US$ 503 milhões, nos projetos Lamego, em Sabará, Minas Gerais e Córrego do Sítio, em Santa Bárbara, também cidade mineira; além da aquisição de 50% de participação na Mineração Serra Grande, em Goiás, onde já detinha metade do investimento. O Brasil já representa 10% a 12% da produção internacional da empresa, e 15% dos rendimentos.

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Borges, um crítico do novo Código de Mineração em estudo pelo governo, que ele acusa de inviabilizar as pesquisas por investidores e empresários de menor porte e de ter paralisado as outorgas de concessões de lavras, nota que, desde a década de 90 não se registram descobertas de depósitos gigantes, e aumentam as barreiras tecnológicas, políticas e ambientais para exploração de jazidas.

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Em médio prazo, porém, a maturação de grandes projetos, no Pará, Minas Gerais e outras regiões deve levar a produção anual a crescer pelo menos 50%, prevê. A demanda está garantida por fatores como a emergência das classes médias em regiões da China, da Índia e no Norte da África, onde o ouro ainda é o maior instrumento de reserva de valor.

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Os especialistas comentam que o mercado de ouro se beneficia de um pouco de crise, mas, com o agravamento da situação econômica, sofre devido à perda de liquidez e o aumento do temor dos investidores.

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Para Agostinho Tibério Marques, diretor financeiro da AngloGold Ashanti, foi essa incerteza que fez o mercado de ouro “andar de lado” no ano passado – como, aliás, comprovou o relatório anual sobre as tendências do setor, divulgado ontem pelo Conselho Mundial do Ouro (World Gold Council). O relatório indicou um recorde na demanda de US$ 236,4 bilhões, apesar de uma pequena queda, de 4%, no volume demandado; e previu que as compras da Índia, um dos principais atores no mercado, devem cair ligeiramente em volume, elevando, porém, os valores gastos.

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“O ano passado foi atípico, muita indefinição, informações desencontradas sobre a crise europeia, incerteza sobre a Grécia”, lista o diretor. “Muita gente se desfez de investimento em ouro para cobrir necessidades de capital, pagar compromissos.”

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Embora reconheça a existência de estimativas no mercado que apontam para a possível superação da marca dos US$ 2 mil por onça troy em futuro próximo, Marques não vê, por enquanto, mudanças significativas na demanda, que manteve a cotação de 2012 do metal em US$ 1,67 mil, patamar elevado em termos históricos.

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Fonte: Valor Econômico

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