Centaurus diz que teor de ouro em Itabira surpreende
11 de maio de 2016
A empresa determinou um teor de até 12,2 gramas de ouro por tonelada de minério de quartzo, bem mais do que as 3,1 gramas do metal por tonelada de minério estimadas anteriormente.rn
A Centaurus Brasil Mineração, de capital australiano, confirmou que o teor de ouro encontrado no seu ativo de Mombuca, próximo a Itabira, na região Central do Estado, é praticamente quatro vezes maior do que as pesquisas iniciais haviam mostrado. Com base em estudos geológicos, a empresa determinou um teor de até 12,2 gramas de ouro por tonelada de minério de quartzo, bem mais do que as 3,1 gramas do metal por tonelada de minério estimadas anteriormente.
A mineradora informou, em comunicado oficial divulgado no site da companhia, que o resultado foi determinado após um programa de abertura de trincheiras realizado na zona do alvo inicial (ITZ, em inglês) dentro da área do ativo. Os resultados apontaram a presença de um sistema de veios com camadas de quartzo que contém ouro com teores de até 12,2 gramas por tonelada na área pesquisada.
No comunicado, o diretor da mineradora australiana, Darren Gordon, disse que os resultados demonstraram o potencial significativo do projeto Mombuca como uma oportunidade de exploração de ouro. “Mombuca continua a proporcionar grandes resultados com a pesquisa recente, que representa um importante avanço para a exploração”, afirmou no documento.
De acordo com o diretor, levando em conta os resultados das pesquisas e a configuração geológica favorável no ativo, a exploração de ouro em mombuca tem forte potencial de entregar valor para os acionistas da mineradora. “Estamos ansiosos para trabalhar o programa de perfuração”, completou na nota.
O trabalho no projeto Mombuca começou a partir do mapeamento geológico de superfície do ativo. Um programa de amostragem geoquímica do solo também foi desenvolvido. Com base nos resultados desses programas, um exame magnético terreno está previsto para ser realizado e melhorar o conhecimento geológico das estruturas à escala regional na área do projeto.
Minério de ferro – Além do projeto Mombuca, destinado à produção de ouro, a Centaurus mantém outros projetos no Estado voltados para a produção de minério de ferro. Um deles, denominado Candonga e localizado a cerca de 130 quilômetros de Ipatinga, no Vale do Aço, é destinado à produção de 300 mil toneladas anuais do insumo siderúrgico.
O ativo de Candonga está localizado nas proximidades do principal empreendimento da mineradora no Estado, o projeto Jambreiro, destinado à produção de minério de ferro que pode chegar a 3 milhões de toneladas anuais, em São João Evangelista, no Vale do Rio Doce. Só em Jambreiro, a estimativa de investimentos na primeira fase que envolve a produção de 1 milhão de toneladas de minério de ferro por ano, é de US$ 47 milhões.
O projeto Jambreiro tem vida útil programada para 18 anos e a construção da mina já está, segundo a empresa, licenciada e aguarda apenas que os acordos de compra e venda e pacotes de financiamento estejam assegurados para ser iniciada.
O Estado é o maior produtor e exportador nacional do ouro, que também é um produto fundamental para a balança comercial mineira. Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), no primeiro quadrimestre, Minas vendeu 6,7 toneladas de ouro ao exterior, o que fez do metal o quinto produto mais importante para a pauta exportadora estadual. A receita com as remessas estaduais da commodity ao exterior entre janeiro e abril somaram US$ 255,9 milhões contra US$ 289,7 milhões no mesmo período de 2015, uma redução de 11,6%.
Diário do Comércio