O aumento da produção, nos próximos anos, demandará novos investimentos no Porto do PecémrnEnquanto não chegam novos empreendimentos ligados à siderurgia na região dos Inhamuns, o minério
O aumento da produção, nos próximos anos, demandará novos investimentos no Porto do Pecém
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Enquanto não chegam novos empreendimentos ligados à siderurgia na região dos Inhamuns, o minério de ferro beneficiado produzido, desde o último mês, pela empresa Globest deverá se destinar inteiramente ao mercado externo, tendo a China como o principal comprador.
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Conforme o chefe do departamento de Engenharia e Logística da empresa, Luiz Nunes, o material será transportado, via ferroviária, até o Porto do Pecém. O primeiro envio do produto ao país asiático, acrescenta, acontecerá no mês de setembro ou outubro deste ano.
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Nunes destaca que, embora ainda não haja compradores nacionais confirmados, a empresa tem a expectativa de, nos próximos anos, vender o minério para possíveis investidores que se instalem na região, o que, por conta da maior facilidade no transporte, tende a ser mais viável à companhia. “Vai depender da relação custo-benefício”, ilustra.
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Ele destaca que a China já era o principal comprador da Globest, que também já chegou a vender o minério de ferro extraído no Ceará – não beneficiado – para o Japão.
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Investimento
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O chefe do departamento de Logística e Engenharia acrescenta que, para viabilizar o alto volume de exportações, a empresa adquiriu um shiploader – equipamento que otimiza o embarque de mercadorias nos navios, sem a necessidade dos guindastes comumente utilizados.
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Nunes ressalta ainda que, devido à previsão de aumento da produção da unidade nos próximos meses, serão demandados investimentos tanto na Transnordestina – com a instalação de novos vagões, por exemplo – quanto no Porto do Pecém.
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Ainda que em um estágio inicial, a criação de um possível polo siderúrgico nos Inhamuns já tem impactado na economia da região. Com a produção de minério de ferro beneficiado iniciada a partir da ampliação da mina da Globest, em Quiterianópolis, os postos de trabalho gerados pelo setor foram ampliados e devem aumentar novamente ainda neste ano.
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Com a expansão da unidade, foram gerados 145 empregos diretos e mais de 120 indiretos, segundo dados da companhia. De acordo com o coordenador de operações da usina, Alan Lira, mais de 90% das vagas geradas foram preenchidas por trabalhadores da própria região, dos quais muitos passaram por cursos e capacitações para iniciar os serviços.
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Com a expansão da unidade, no último mês, foram gerados 145 empregos diretos e mais de 120 indiretos, segundo dados da companhia
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Oportunidade
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Um dos empregados da usina de beneficiamento de minério de ferro da Globest, o soldador elétrico Paulo Amorim, de 50 anos, se diz contente por poder aplicar, em sua cidade natal, os conhecimentos que adquiriu em outros estados.
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Logo que começou a trabalhar, conta, deixou Quiterianópolis para buscar emprego no Sudeste, onde se tornou soldador elétrico. Em 1998, voltou à cidade cearense, passando a dedicar-se a trabalhos agrícolas.
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Com a chegada da usina nos Inhamuns, relata, pôde voltar a trabalhar na indústria. “O que mudou mais foi a minha renda, que aumentou”, comenta Amorim, dizendo-se satisfeito por hoje poder “dar condições melhores de vida” aos filhos. (JM)
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Opinião do especialista
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Empresários buscam se organizar
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A criação de um polo siderúrgico em Crateús e nos municípios vizinhos já é uma realidade. É algo que já está acontecendo. O que os empresários daqui, precisam, neste momento, é se organizar para aproveitar as oportunidades.
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O que vamos fazer agora é discutirmos como podemos nos fortalecer e garantir essa evolução da cidade, que vai afetar dos micro e pequenos empresários aos de porte médio ou até grande. Nós temos que ver também o exemplo do Pecém, que foi uma região que tem crescido bastante e cuja expansão pode nos mostrar pontos importantes.
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Felipe Vieira
Coordenador geral da Associação de Jovens Empresários (EJA) de Crateús
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Fonte: Diário do Nordeste
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