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China será forte concorrente do Brasil em primários, diz Barbosa

6 de setembro de 2012

rnSÃO PAULO – Os investimentos da China na América Latina nos últimos anos farão com que o país se torne, nas próximas três décadas, o maior concorrente do Brasil onde a pauta exportado

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SÃO PAULO – Os investimentos da China na América Latina nos últimos anos farão com que o país se torne, nas próximas três décadas, o maior concorrente do Brasil onde a pauta exportadora brasileira é mais forte: o mercado de produtos primários. A afirmação é do ex-embaixador Rubens Barbosa.

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Falando a empresários nesta terça-feira durante seminário sobre a competitividade chinesa na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Barbosa observou que os investimentos chineses em território latino mostram o esforço que a China tem empreendido para diversificar sua atividade econômica no exterior. O foco dos aportes do país na região tem sido a compra de mineradoras, petroleiras e terras, e não a atividade manufatureira, que é forte no território chinês.

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“Só no ano passado, a China investiu mais de US$ 50 bilhões na região, em projetos e empresas ligadas à mineração, petróleo e terras. O Brasil vai ter um competidor de peso nos próximos 20, 30 anos”, afirmou Barbosa, que também é presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp.

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Parte da ascensão brasileira no comércio exterior nos últimos anos, lembrou, se deve ao crescimento chinês. “Quadruplicamos nossa balança comercial entre 2003 e 2010 muito em função do apetite da China por matéria-prima”, disse.

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O ex-embaixador avaliou que o país “foi ingênuo em relação aos chineses.” “O Brasil concedeu status de economia de mercado à China, esperando aumento de investimento, o que não aconteceu. Um efeito colateral do aumento do nosso comércio com eles foi a ‘reprimarização’ da nossa pauta de exportação.”

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Lições

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Na avaliação de Antônio Corrêa de Lacerda, professor de economia da PUC-SP, o Brasil deveria aperfeiçoar o debate sobre a economia da China para tirar lições de como o país chegou a obter altas taxas de crescimento por um longo período de tempo.

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Lacerda defendeu que o desenvolvimento do país nos últimos anos deve ser olhado com mais atenção por aqui. Ele identificou problemas sobre como a discussão sobre o assunto é feita no Brasil.

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“É um debate interditado. Toda vez que se coloca uma análise, diz-se que lá é uma ditadura, que eles não respeitam o ambiente e nem a propriedade intelectual. Isso ofusca uma análise mais abrangente, sistêmica e metodológica das estratégias de desenvolvimento chinês, onde temos muito a aprender”, disse.

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Para o professor, o desenvolvimento da economia chinesa, concentrado em expansão do setor privado controlado por política governamental forte e planejamento de longo prazo, pode servir de subsídio para pensar a estratégia brasileira para os próximos anos.

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Ele também destacou a estratégia chinesa de aproveitar a liquidez do mercado financeiro na década passada para atrair investimentos e fazer reserva cambial.

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“Eles possuem, em caixa, US$ 3,3 trilhões. Eles são um dos únicos que conseguem formar o câmbio que desejam, já que hoje as moedas são muito influenciadas pelas flutuações do mercado financeiro”, afirmou, para depois destacar que o Brasil precisa voltar a ter uma política estrutural para uma indústria mais competitiva e com mais espaço dentro do Produto Interno Bruto (PIB).

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Fonte: Valor Econômico

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