rnAs incessantes chuvas que caem sobre o quadrilátero ferrífero de Minas Gerais ameaçam reduzir a metade a produção de minério de ferro explorado na região de Serra Azul pela MMX, Usiminas e ArcelorMit
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As incessantes chuvas que caem sobre o quadrilátero ferrífero de Minas Gerais ameaçam reduzir a metade a produção de minério de ferro explorado na região de Serra Azul pela MMX, Usiminas e ArcelorMittal neste mes. O terminal de Sarzedo, o maior da região, que embarca o minério nos vagões da ferrovia MRS Logística, estava programado para carregar este mês 800 mil toneladas entre minério e ferro-gusa, mas o aguaceiro derrubou as expectativas de carregamento para pouco mais de 400 mil toneladas, disse ao Valor Diogo Viveiros, empresário da Operadora Logística, que divide a sociedade do terminal com MMX e Usiminas.
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Na Serra Azul estão situadas onze minas, sendo duas da MMX, uma da ArcelorMittal, quatro da Usiminas (das quais a principal é a Musa, antiga J. Mendes), a Minerita, de um empresário mineiro chamado Dilson, e a mina da Comisa, de Eduardo Ferreira. Ao todo, a estimativa para a produção de minério em janeiro era de aproximadamente 1,2 milhão de toneladas, que no calculo de Viveiros, deve cair para cerca de 600 mil a 650 mil toneladas devido às enxurradas que dificultam a mineração, rompendo barragens de rejeito, prejudicando o fluxo dos caminhões e afetando os processos das plantas de concentração de minério.
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A Rodominer, que tem 77 caminhões trabalhando na Serra Azul, só transporta minério para a ArcelorMittal Serra Azul (AMSA), que está com sua produção quase que estagnada por conta da chuva. “Tem mês que carregamos até 7 mil toneladas ao dia de minério da AMSA, mas neste janeiro estamos retirando em média 1 mil a 1,5 mil toneladas, pois a água, segundo Viveiros, atrapalha a retirada da commodity e dificulta o carregamento dos caminhões. “Este é um fenômeno que costuma se repetir nesta época do ano, mas este ano está pior”, comentou.
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A MMX, em nota, admitiu que em função do elevado volume de chuvas nos meses de dezembro e janeiro, em Minas Gerais, a produção de minério de ferro da sua unidade de Serra Azul foi afetada, o que está levando a empresa a priorizar a segurança das operações em relação ao volume de produção. Até agora, porém, a companhia não pretende revisar sua programação anual.
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A Vale e a CSN também estão sofrendo os efeitos da chuva. As minas da CSN estão localizadas em Congonhas e Lafayete. Segundo fontes próximas da empresa, a meta é produzir este mês 2,5 milhões de toneladas de minério de ferro em suas duas minas: Casa de Pedra e Namisa. O interlocutor garante que apesar da chuvarada as perdas têm sido pequenas. Apesar da situação, assessoria de imprensa informou, todavia, que produção está em linha com as épocas de chuvas, como janeiro.
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Já a Vale, a maior mineradora do país, que concentra 60% de sua produção em Minas Gerais, não se pronunciou sobre os efeitos da chuva na produção das minas na região de Congonhas, Mariana e outras, nem se manifestou sobre as notícias de paradas na Estrada de Ferro Vitória a Minas. No final de semana, o jornal “Estado de Minas” noticiou que estava havendo interrupções temporárias de produção de minério de ferro nas minas da companhia na região devido aos temporais.
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Usiminas e ArcelorMittal usam boa parte de sua produção para consumo em suas usinas de aço, mas também exportam volume pequeno de minério de ferro. A Usiminas abastece parte da usina de Ipatinga com minério próprio e da Vale, além de fornecer também o insumo para a Cosipa, na Baixada Santista (SP). A MMX vende parte do minério que produz para a Vale mas também é exportadora.
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Viveiros informou que também ocorre dificuldade de transporte do minério de ferro pela MRS, cuja malha ferroviária foi muito afetada pelas chuvas com desabamentos de pontes e alagamentos em diversos pontos da estrada de ferro. O minério carregado é estocado nos terminais de Sarzedo e de Serra Azul, de propriedade do dono da Minerita.
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A Usiminas intensificou o transporte de minério de ferro por via terrestre como alternativa a interrupções na rede ferroviária que escoa a produção de suas minas em Serra Azul para a usina de Cubatão, em São Paulo. A empresa diz que a iniciativa buscou preservar o fluxo de produção de minério. Segundo diz, está em linha com o planejamento previsto no período, apesar das dificuldades.
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Parte do minério foi transportada até dois terminais da MRS em Brumadinho e São Joaquim de Bicas, cidades próximas às suas operações. Já para Ipatinga – feito pela Ferrovia Centro-Atlântica – não foi prejudicado, informou.
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A commodity é levada pela ferrovia até os portos da Vale e da CSN em Itaguaí (RJ). Viveiros evitou falar em preços do minério, mas acredita que se persistirem as perdas com a chuva, a cotação pode voltar a subir no mercado internacional, principalmente se a Vale sofrer redução na sua produção.
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Fonte: Valor Econômico
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