Cientistas ingleses criam novo método para achar depósitos de cobre
3 de fevereiro de 2016
O trabalho foi publicado no dia 1º, na revista Nature Geoscience
Dois geólogos do Reino Unido desenvolveram um novo método para descobrir, de forma econômica, depósitos de cobre do tipo pórfiro. Ben Williamson trabalhou junto a Richard Herrington, do Museu de História Natural de Londres, na criação do método.
Os depósitos pórfiros de cobre, ou porfiríticos, fornecem cerca de 75% do cobre consumido no mundo, bem como uma parte significativa de molibdênio e de ouro. A mineradora Anglo American financiou o projeto, que visa comparar a composição química de rochas magmáticas, que hospedam depósitos pórfiros, com rochas estéreis.
Eles são relativamente raros e se formam, originalmente, a quilômetros de profundidade, acima de grandes câmaras de magma. Depósitos de grande porte são particularmente importantes para a mineração, uma vez que oferecem a possibilidade de operação em larga escala. Além disso, os grandes depósitos próximos à superfície já foram descobertos.
“Qualquer novo método para localizar depósitos mais profundos será de grande interesse para a indústria de mineração”, diz o comunicado emitido pela Universidade de Exeter, onde trabalha um dos autores.
“Esse novo método vai ser acrescentado ao arsenal de ferramentas disponíveis para as empresas de exploração que querem descobrir novos depósitos porfiríticos de cobre”, afirma Williamson, que faz parte da Camborne School of Mines, em Exeter.
Williamson and Herrington, para testar suas teorias, executaram testes de campo em um grande depósito do tipo descoberto no Chile. Os testes mostraram que as câmaras magmáticas abaixo dos pórfiros passaram por discretas alterações pela injeção de fluidos aquosos, o que aumentou sua capacidade em transferir cobre e outros metais para camadas superiores e, assim, formar depósitos.
“Nossas descobertas também levam a valiosos insights sobre como alguns tipos de magma são mais propensos a produzir depósitos de cobre pórfiro do que outros e aumentam nossa compreensão de como essas rochas magmáticas surgiram”, dizem os cientistas.
O artigo, intitulado “Porphyry copper enrichment linked to excess aluminium in plagioclase”, de autoria de B.J. Williamson, R.J. Herrington e A. Morris, foi publicado ontem (1) na revista Nature Geoscience.
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