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Cinco fatores para uma empresa se tornar líder global

12 de setembro de 2014

Reter altos executivos qualificados, acesso a mercados de capitais, ser líder em seu setor, crescer de modo orgânico e ter uma governança aberta e transparente. São esse os fatores-chave que uma empresa latino-americana pre

Reter altos executivos qualificados, acesso a mercados de capitais, ser líder em seu setor, crescer de modo orgânico e ter uma governança aberta e transparente. São esse os fatores-chave que uma empresa latino-americana precisa desenvolver para ganhar espaço internacionalmente. A conclusão é do estudo América Latina em Ascensão, divulgado hoje (11/09) pela Deloitte. A consultoria analisou as maiores 500 empresas da América Latina, sediadas em seis países: Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile e Peru. As companhias foram escolhidas a partir do ranking Latin Trade Top 500.

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O estudo é bem otimista em relação às oportunidades de negócios na América Latina. “A abertura econômica, combinada com investimento substanciais em infraestrutura e uma classe média em expansão, está criando enormes oportunidades em toda a região”, aponta. De acordo com Omar Aguilar, líder de Consultoria em Estratégia e Operações da região Américas e um dos responsáveis pelo estudo, as empresas latinas globais estão crescendo de uma forma muito madura, aberta e indo além de matérias prima e produtos de menor valor agregado. “Vemos um crescimento das empresas aqui equivalente ao de uma empresa global americana”, afirma o americano.

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No estudo, a Deloitte apresentou os fatores que fazem uma empresa conseguir sucesso globamente:

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Cinco fatores-chave

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Antes de tudo, uma empresa que busca liderança global precisa ser líder de seu setor localmente. “É uma condição primária. Ser líder é também ser mais eficiente, forte e estar realmente pronta para crescer fora”, afirma Aguilar. Em segundo lugar, aparece a importância de ter disponibilidade e capacidade para reter executivos que conduzam um processo de expansão eficiente.

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Nesse fator, a Deloitte aponta que o Brasil se destaca. “Temos executivos preparados, treinados, que se formaram aqui e fizeram MBA”, diz Anselmo Bonservizzi,  sócio da Deloitte e líder da frente de Consultoria em Estratégia e Operações no Brasil. O estudo cita ranking da Harvard Business Review que aponta que, entre os 100 CEOs de melhor desempenho no mundo, nove são brasileiros. Para o consultor, no entanto, o problema que o Brasil enfrenta atualmente é uma desigualdade na distribuição dessa qualficiação. “Há um paradoxo: de um lado CEOs muito bem preparados. De outro, gerentes que não são fluentes em línguas e não têm acesso à boa educação”.

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Disponibilidade de capital

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Outro desafio para a expansão global de uma empresa latino-americano é o de conseguir pronto acesso a capital relativamente barato. É ter crédito e financiamento. Neste quesito, o Brasil também é visto com bons olhos, por ter, assim como China e Rússia, um banco nacional que estimula o desenvolvimento dentro e fora. Para Aguilar, o BNDES desempenha um importante papel no país. “O banco traz uma ajuda econômica em vários setores da economia. Em país, não há agentes com atuação tão ampla. Eles precisarão buscar estratégias diferentes de financiamento, como private equity, por exemplo”.

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O estudo também aponta que as empresas latino-americanas que tiveram uma expansão internacional eficiente o fizeram através de um crescimento inorgânico, baseado em aquisições e joint ventures. “As latinas globais fazem em média quatro vezes mais operações de joint-ventures do que as locais”, aponta o estudo. Um dos casos citados é da Cemex, uma empresa mexicana latina global. A companhia desenvolveu um modelo rigoroso de fusões e aquisições usado para fazer 15 ou mais operações somente em 2012.

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O quinto fator é ter uma gestão prática, direta e transparente para que a empresa possa operar de modo mais eficiente globalmente e ter acesso a capital de fundos de pensão e fundos soberanos que possuem diretrizes rígidas. O estudo destaca que esse desafio é maior para aquelas empresas latinas globais que são controladas por um único dono ou família e que precisam se abrir para novos INVESTIDORES.

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“Quando você quer crescer lá fora, você precisa realizar uma ampla transformação interna. Não é usar mais do mesmo. É ter um conselho mais independente, é tornar processos mais claros”, afirma Bonservizzi. Para ele, o crescimento internacional tem contrapartidas para além de maior receita. “Você consegue ter acesso à mão de obra qualificada em outros mercados, aumenta eficiência, tem acesso a pesquisa e desenvolvimento. Reforça uma conjuntura corporativa que te torna mais competitivo ainda.”.

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Oportunidades gerais nos países

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O estudo afirma que há espaço para muito crescimento principalmente no Chile, Peru e Colômbia. Segundo Aguilar, apesar de a economia do Chile ser pequena (a 5ª da América Latina), o país tem mais receitas e empresas do que se poderia supor – e possui uma estrutura boa para fazer negócios. A Colômbia aparece como opção, principalmente após viver um novo momento depois de décadas de guerrilha e intensos problemas com tráfico de drogas. “Eles perderam muito tempo e têm muito poucas empresas de destaque. Tem muita condição de crescer com a política de livre mercado deles”, afirma Aguilar.

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Áreas em que o Brasil pode despontar

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O Brasil é a maior economia individual da América Latina, sendo responsável por 40% do PIB total da região. As empresas brasileiras são ainda dominantes, compreendendo 45% das companhias da região e captando 51% da receita gerada pelas empresas do ranking Latin

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Trade Top 500. Com exceção dos setores de petróleo e mineração – que são dominados por empresas globais – a Deloitte aponta que o setor de alimentação, construção e a área de informação e produtos químicos é onde as empresas podem aproveitar para se expandir globamente.

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Fonte: Época Negócios

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