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Cinzas de carvão mineral são usadas em pavimentação

19 de fevereiro de 2016

O trabalho foi iniciado em setembro e os primeiros resultados são esperados para março

Além da destinação mais comum, que é a utilização na produção de cimento, as cinzas geradas em usinas termelétricas movidas a carvão podem também vir a ser usadas na pavimentação de vias. O laboratório de mecânica dos pavimentos da Universidade Federal do Ceará (UFC) estuda essa possibilidade.
 
Os pesquisadores do laboratório, que fica em Fortaleza (CE), sob o comando do professor Jorge Soares, estão investigando os potenciais das cinzas do carvão para reaproveitamento em diferentes áreas, como aterros estruturais, rodovias, blocos de cinza e cal, cerâmicas, materiais para remediação de solos, ou insumo para a construção.
 
A pesquisa está sendo financiada pela Energia Pecém e tem como objetivo dar um destino mais inteligente para o resíduo da queima do carvão mineral nas termelétricas. Para se ter uma ideia, só as termelétricas Pecém I e II e a de Itaqui, no Maranhão, produzem mais de mil toneladas de cinzas por dia.
 
Hoje, os depósitos têm mais de 300 mil toneladas de resíduos armazenados. “Este é um resíduo que fica parado e poderia ter uma utilização. Nosso desafio é encontrar a qualidade mais eficiente para reaproveitamento em grande escala”, disse Soares, professor titular da UFC e que tem experiência na área de Engenharia de Transportes, com ênfase em análise e dimensionamento de pavimentos e caracterização mecânica de misturas asfálticas, segundo o website do Departamento de Engenharia de Transportes (DET) da universidade.
 
O trabalho foi iniciado em setembro e os primeiros resultados são esperados para março, principalmente em relação às características particulares dos materiais que compõem as cinzas, que não são homogêneas.
 
Atualmente, as cinzas do carvão mineral que alimentam a usina termelétrica Pecém II, localizada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), são um importante insumo para a indústria de cimento do Ceará. No ano passado, a termelétrica destinou 24.645 toneladas dessas cinzas para a Companhia de Cimento Apodi e para a Cimentos Votorantim para compor o cimento produzido.
 
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