Cleveland obtém Licença de Instalação para projeto de ouro em Goiás
31 de maio de 2016
A mineradora australiana pretende processar minério extraído da cava de Lavra dentro de três semanas.
A Cleveland Mining informou ontem (30) que recebeu a Licença de Instalação para o projeto de ouro Lavra, que faz parte do projeto O Capitão, em Crixás (GO). A mineradora australiana pretende processar minério extraído da cava de Lavra dentro de três semanas. O material será enviado para a planta de processamento da mina Premier, carro-chefe da Cleveland.
Todos os ativos fazem parte da Premier Joint Venture, na qual a mineradora possui em conjunto com a Edifica Participações. Ainda neste ano, a Cleveland vai aumentar a participação para 100% e passará a ser a única controladora de Premier e O Capitão. A obtenção da LI foi publicada nesta segunda-feira, em comunicado enviado ao mercado pela companhia.
A Cleveland disse que, com a LI, já dá início ao cronograma de trabalhos que serão necessários para que os primeiros volumes de minério sejam extraídos e transportados para processamento na planta de Premier dentro de três semanas. O projeto Lavra fica a cerca de dez quilômetros da planta.
Segundo a mineradora, as atividades em Lavra serão feitas inicialmente por meio de uma Guia de Utilização para que haja melhor entendimento da mineralização e da dimensão do garimpo que foi realizado na área antigamente, que produziu cerca de 300 mil onças de ouro 30 anos atrás.
A companhia australiana declarou que o teor médio da mineralização de Lavra, onde as atividades de mineração terão início quando a companhia obtiver a GU, é de 14,4 gramas de ouro por tonelada, e que projeta um fluxo de caixa favorável com baixo custo de produção. Até o momento, o projeto passou por sondagem de apenas 40 metros de profundidade, apesar de garimpeiros da região terem afirmado à Cleveland que extraíam material mineralizado na profundidade 120 metros.
Segundo a mineradora, há evidências que indicam que a mineralização no projeto Lavra continua a ocorrer depois de 120 metros de profundidade. As sondagens feitas até o momento testaram cerca de 10% do potencial da estrutura mineralizada do ativo.
“Apesar de não podermos confirmar exatamente o que foi exaurido do corpo mineral, a sondagem mostra que a unidade é coesa e de alto teor. Nós vamos transportar minério por meio das nossas estradas já existentes para a nossa planta de processamento e estamos muito confiantes que Lavra tem potencial para ser uma das operações de menor custo do mundo”, afirmou David Mendelawitz, diretor-geral da Cleveland.
Na semana passada, a mineradora australiana assinou um memorando de entendimento para captar US$ 25 milhões por meio de um acordo de venda antecipada de ouro. A Cleveland terá 42 meses para entregar 32.400 onças de ouro, produzidas na mina Premier, em Crixás (GO), para um fundo de investimento dos Estados Unidos voltado para o setor de mineração.
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