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Clientes criam demanda por produtos inovadores

12 de agosto de 2014

A Usiminas e a Sinobras (Siderúrgica Norte Brasil) conduzem projetos de inovação com foco na melhoria de processo fabril e no desenvolvimento de novos produtos de aço com o objetivo de atender aos requisitos de qualidade d

A Usiminas e a Sinobras (Siderúrgica Norte Brasil) conduzem projetos de inovação com foco na melhoria de processo fabril e no desenvolvimento de novos produtos de aço com o objetivo de atender aos requisitos de qualidade dos seus respectivos clientes, além de aumentar a produtividade e tornar a operação mais competitiva no mercado. Enquanto a siderúrgica mineira tem os setores de óleo e gás, automotivo e naval como grandes demandantes de produtos inovadores, a companhia do Pará concentra a sua operação na área de construção civil.

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Fornecedora de chapas de aço grossas, a Usiminas se dedica há cerca de quatro anos ao projeto do API X65, usado em tubulações para exploração de campos petrolíferos do pré-sal. Trata-se de um aço com características especiais que apresenta maior resistência em aplicações em ambientes ácidos – nas Bacias do Espírito Santo, de Campo e de Santo há a presença de H2S (sulfeto de hidrogênio).

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Para a sua produção foi adquirida a tecnologia CLC, da Nippon Steel, que permite à Usiminas desenvolver chapas de aço grossas de alta resistência mecânica, elevada tenacidade e melhores condições de soldabilidade, explica Rômel Erwin de Souza, vice-presidente de tecnologia e qualidade da companhia. “Essa chapa é produzida com índice acima de 90% de conteúdo nacional, o que ajuda bastante nos projetos da Petrobras”, diz.

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O produto já foi homologado junto à Petrobras e está em fase inicial de produção. O executivo não revela o volume de produção nem o investimento no seu desenvolvimento. Segundo ele, a Usiminas é uma das cinco no mundo capazes de produzir o aço XPI X65. Além dos fabricantes de tubos, que suprem a demanda do pré-sal, o produto é destinado também à indústria naval.

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Já para a indústria automotiva, Souza destaca como inovação o desenvolvimento do DP 1000 dual phase, que está em conformidade com a tendência de aplicação de aços de menor espessura, mas com alta resistência e capacidade de conformação, para que os veículos fiquem mais levem e reduzam as emissões de poluentes.

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Em Ipatinga (MG) funciona o centro de tecnologia da Usiminas, dotado de 17 laboratórios e onde trabalham 140 profissionais. Além de produtos inovadores, suas atividades incluem a melhoria de processos produtivos, cujo objetivo é aumentar a produtividade. No momento, estão sendo desenvolvidos projetos que visam a otimização do uso de redutores em altos fornos.

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Recentemente, foram concluídas a implantação de tecnologia de resfriamento acelerado no laminador de chapas grossas e na nova linha de galvanização na planta de Ipatinga e uma nova linha de tiras a quente na usina de Cubatão (SP). No ano passado, a companhia aplicou R$ 28 milhões em pesquisa e desenvolvimento.

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Na Sinobras, controlada pelo Grupo Aço Cearense, os projetos de inovação dos processos produtivos estão inseridos em um plano que visa dobrar o tamanho da operação nos próximos anos, com aquisição de maquinário, construção de uma subestação e linha de transmissão de energia elétrica, extensão dos galpões da laminação e trefila, e instalação de uma nova laminação. O investimento soma US$ 200 milhões. Na usina instalada em Marabá (PA), a siderúrgica fabrica uma linha que inclui vergalhões, fio-máquinas e trefilados para construção civil.

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A Sinobras possui aciaria elétrica e como utiliza a proporção de 30% de ferro-gusa na forma líquida e de 70% de sucata metálica para obter o aço, importou da Itália um equipamento Shredder, com capacidade para processar 170 mil toneladas de sucata/ano. A operação deve começar em dezembro. Nem todas as siderúrgicas no Brasil têm essa combinação de processos, diz Milton Lima, diretor industrial da Sinobras. Segundo ele, a sucata beneficiada via Shredder terá maior densidade e menor nível de impurezas, o que permitirá reduzir em 20% o consumo de energia elétrica e o uso de cal na operação do forno elétrico da aciaria. O resultado é uma melhoria significativa no desempenho do forno e a redução no custo operacional.

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Fonte: Valor Econômico

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