O Comitê de Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) realizou nesta quinta, 18, a primeira reunião de 2021. O encontro virtual foi moderado pelo diretor de Relações com Associados e Municípios do IBRAM e Coordenador do Comitê, Alexandre Mello, e contou com representantes dos associados e de entidades do setor industrial. “A reunião do Comitê de Sustentabilidade é aberta a todos os associados do IBRAM. São encontros bimensais, sendo esta a primeira realizada este ano. Os temas de hoje são bem significativos e de grande valia para o setor mineral”, afirma Mello.
Durante a reunião foram debatidas três temáticas: o Guia Setorial da Adaptação Climática, lançado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2020; o Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR); e o Plano de Ação do Grupo de Trabalho Águas, da Carta Compromisso do IBRAM Perante a Sociedade – documento que apresenta metas relacionadas à evolução dos patamares de sustentabilidade do setor mineral.
Mudanças climáticas e seus efeitos, como secas prolongadas, deslizamentos de terras e enchentes são alguns exemplos de fatores que trazem grandes impactos e prejuízos para a sociedade como um todo e riscos para o ambiente de negócios. “Hoje em dia esse assunto permeia diversos aspectos econômicos afetando a competitividade como um todo. É importante conhecer as previsões climáticas e seus impactos para fazer um gerenciamento correto, de modo a minimizar os riscos”, ressalta a Analista de Políticas e Indústria da CNI, Rafaela Aloise.
Diante deste cenário, a CNI, junto ao governo federal, desenvolveu um estudo onde recomenda-se estratégias para o Brasil financiar e implementar o NDC (Contribuição Nacional Determinada) baseado em sete pilares temáticos estratégicos (foto). Pensando no aumento da capacidade de gestão e prevenção dos riscos climáticos foi lançado, em novembro de 2020, o Guia Setorial da Adaptação Climática para orientar os empresários a elaborar um plano de adaptação com o intuito de promover e incentivar uma cultura de prevenção do risco climático na cadeia produtiva. Para acessar o guia, clique aqui .
“Sabemos que as grandes empresas passam por essa avaliação de riscos das variações climáticas, mas as médias e pequenas de mineração precisam caminhar muito para chegar a uma boa gestão climática. A ideia aqui é que o setor mineral utilize este guia, já lançado pela CNI, que é para indústria em geral, mas que vai se estender para os níveis setoriais. Vejo que será um grande avanço para o setor mineral este ano o lançamento de um guia específico da mineração”, avalia Mello.
Os Regramentos do uso do Sistema MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos) também foram abordados durante a reunião. O analista ambiental da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Guilherme Zanforlin, relatou a situação em Minas Gerais e nos estados que já possuem sistema próprio mediante a publicação da portaria nº280 do Manifesto de Transporte de Resíduos no âmbito nacional.
O esforço do IBRAM e do mercado para evitar problemas futuros é incentivar a desburocratização do sistema. Atualmente, para se transportar um resíduo de um estado que possui MTR próprio para outro que não possui é necessário um cadastro no sistema estadual e nacional. “Assim como Minas e São Paulo, que já possuem seu sistema, existem outros estados que estão em busca do seu MTR próprio. Isso significa mais um cadastro que a empresa necessita para fazer a destinação do resíduo. Já existe o sistema nacional, que é utilizado para quem não tem MTR próprio. Pedimos uma atenção do Ministério do Meio Ambiente para comunicar os órgãos estaduais a utilizarem o MTR nacional e não criar MTR próprio”, reforça Zanforlin.
No encontro virtual também foi apresentado o Plano de Ação do Grupo de Trabalho Águas, da Carta Compromisso do IBRAM Perante a Sociedade. A gerente Corporativa de Meio Ambiente da NEXA e Coordenadora do GT Água, Ana Claudia Lima, detalhou como a ação do grupo de trabalho é conduzida e as principais discussões, resoluções e desafios até o momento. Para o diretor do IBRAM, Alexandre Mello, a ideia é que o GT Água tenha a adesão de todos os associados do Instituto. “São várias ações desafiadoras e nós temos um grande trabalho pela frente”, ressalta.
“O que fizemos para operacionalizar o trabalho do grupo foi dividir em três subgrupos e cada um ficou responsável por assuntos que a Carta Compromisso abrange. O primeiro deles é estabelecer uma metodologia uniforme e definir indicadores de performance. O segundo compromisso é tornar públicas e disponíveis as informações de uso e consumo da qualidade das águas e afluentes. E o terceiro é participar efetivamente e apoiar os comitês de bacia, ampliando a participação dos associados nas bacias onde estão inseridos e propor ações estratégicas para o setor e para a sociedade em geral”, afirma Lima.
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