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Cobre de Salobo pode aumentar lucro de não ferrosos da Vale

8 de novembro de 2012

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RIO – A obtenção da licença de operação do projeto de cobre de Salobo I, no Pará, comunicada ontem pela Vale ao mercado, melhorou a expectativa dos analistas de bancos e consultorias em relação à área de não ferrosos da companhia.

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Para o banco americano BofaMerrillLynch, a entrega de projetos como o de Salobo — da área de metais básicos — é positiva para a percepção dos investidores após recentes problemas da companhia  com os projetos de níquel de Onça Puma e Vale Nova Caledônia (VNC), além de mostrar que a Vale tornou-se “muito diligente” no processo de licenciamento ambiental.

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Na avaliação do banco Barclays, o projeto Salobo pode ajudar a aumentar a lucratividade da Vale na área de não ferrosos. “A empresa tem tido baixo desempenho em sua divisão de metais não ferrosos, que tem sido grande fonte de preocupação para os investidores”, destaca o banco inglês.

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O segmento, que concentra principalmente ativos de cobre e níquel, teve desempenho fraco no terceiro trimestre do ano, quando contribuiu com apenas US$ 168 milhões para o Ebitda trimestral da companhia, uma queda de 74,5% ante o mesmo período de 2011.

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O projeto Salobo I, atualmente em fase de “ramp up” acelerado desde junho, vai produzir 100 mil toneladas ao ano de cobre concentrado. Esse volume deve dobrar quando entrar em operação o plano de expansão do projeto, Salobo II, com licença de operação esperada para o segundo semestre de 2014, data de entrada em produção.

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Os dois projetos, segundo a expectativa da Vale, deverão produzir 300 mil onça ouro ao ano. As reservas de Salobo (I e II) totalizam 1,112 bilhões de toneladas provadas e prováveis, com teor médio de 0,69% de cobre e 0,43 gramas de ouro por tonelada, segundo a mineradora.

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“Salobo vai aumentar a presença do ouro entre os investimentos da Vale”, garantiu Luciano Sianni, diretor executivo de finanças e relações com investidores da empresa durante entrevista de divulgação dos resultados trimestrais da Vale.

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O ouro de Salobo é mencionado pelos analistas do BofaMerrillLynch como um fator que vai valorizar mais o projeto. Com o ouro, Salobo pode adicionar US$ 3,3 bilhões ao valor atual de mercado da Vale, somando os dois projetos, calcula o banco.

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O valor de mercado da Vale é hoje de US$ 94,9 bilhões, segundo o Google Finance, com base na cotação do ADR de US$ 18,42 na Nyse, até às 16:30 horas.

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A produção de cobre da Vale no terceiro trimestre foi de 67.500 toneladas, 3,6% abaixo do segundo trimestre, por causa de paradas para manutenção das minas de cobre do Canadá, de Sudbury e Thompson.

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Na mina de Sossego, no Pará, em Carajás, a produção somou 29.100 toneladas, com pequeno aumento ante o segundo trimestre, mas 5,3% menor que no mesmo período de 2011. Na mina de Sossego a Vale produz cobre em duas áreas — Sossego e Saqueirinho — em mina a céu aberto.

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No Chile, em Tres Valles, onde a Vale produz catodo de cobre, a empresa totalizou no terceiro trimestre 3.200 toneladas do produto, 7% abaixo do segundo trimestre, mas 35,2% acima do terceiro tri de 2011.

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Em Lubambe, antigo Konkola North, no cinturão de cobre de Zâmbia, na África, a empresa desenvolve uma mina subterrânea, num projeto  onde detém 50% do negócio. A licença ambiental do projeto já foi emitida e em outubro foi produzido o primeiro cobre em concentrado. A capacidade nominal do projeto é de 45 mil toneladas anuais de cobre em concentrado. A entrada em operação mais acelerada é prevista ainda para este segundo semestre.

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No total do ano, a Vale produziu 211 mil toneladas de cobre, 3% a menos que em 2011.

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Nos tempos atuais de queda do preço do minério de ferro, com a empresa adotando uma estratégia de corte de custos e alocação mais rígida de capital, os projetos de cobre estão entre as prioridades de investimento da companhia, junto com os de minério de ferro e carvão.

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Fonte: Valor Econômico

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