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Compromisso impresso

7 de novembro de 2013

Estudo desenvolvido pelo IBRAM, acrescido de duas outras publicações, comprova resultado de ações de preservação do meio ambiente nas duas últimas décadasrnO IBRAM também c

Estudo desenvolvido pelo IBRAM, acrescido de duas outras publicações, comprova resultado de ações de preservação do meio ambiente nas duas últimas décadas

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IBRAM também comemorou o lançamento, na abertura do evento, da publicação do trabalho “Gestão para Sustentabilidade na Mineração: 20 anos de História”. Organizado e distribuído na forma de livro, o estudo é composto por uma análise comportamental da indústria da mineração em relação à evolução das práticas de gestão relacionadas ao tema sustentabilidade nas últimas duas décadas. A pesquisa revelou, entre outros dados, que, em 2011, as três maiores mineradoras brasileiras investiram mais de R$ 1,5 bilhão em ações voltadas para a melhoria da sustentabilidade e do meio ambiente.

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Ela foi elaborada com base em respostas de 79 empresas e quatro organizações associadas ao IBRAM, segundo pontuou seu presidente, Fernando Coura. Os resultados demonstram que a agenda de sustentabilidade é, sem dúvida, a que mais cresceu ao longo de 20 anos em todos os setores industriais. “No setor mineral não é diferente.”

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No começo dos anos 2000, ele demonstrou,  a indústria mundial de mineração esteve sob intensa pressão para melhorar seu desempenho em aspectos ambientais e sociais, já que nem sempre ficava evidente a gama de benefícios que podem advir da exploração mineral. Ao longo dos últimos 20 anos, a percepção sobre sustentabilidade das empresas ganhou contornos mais aprofundados ao extrapolar a dinâmica ambiental e passar a incluir o desenvolvimento econômico e social. Evidenciar tal mudança é também um dos objetivos do estudo, que busca demonstrar como a atividade mineral pode ser entendida de forma sustentável, quando realizada de forma a minimizar os impactos negativos, otimizando as potencialidades locais e garantindo o bem-estar econômico e social da comunidade envolvida.

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Preocupação evoluiu

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De acordo com o estudo, no período 1990-95 a maior parte dos pesquisados indicou que conduzia estudos de impactos ambientais seguindo a legislação, mas nem todos (64%) implantavam as medidas de gestão incluídas nas condicionantes do licenciamento ambiental e demais medidas recomendadas pela avaliação. Mais da metade dos respondentes não consultava as partes interessadas e nem levava em conta suas preocupações ou os impactos avaliados na tomada de decisão sobre os novos empreendimentos.

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Em 2011, esse quadro mudou: a maioria dos entrevistados declarou consultar as partes interessadas e incorporar suas questões nos estudos. Aumentou também o número de empresas que passou a considerar os impactos socioeconômicos e ambientais para a tomada de decisão e implantar as medidas de gestão.

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A publicação mostra ainda como a mineração atua como transformadora de padrões de vida da sociedade, abordando temas como a gestão de recursos hídricos na atividade, a questão das barragens de rejeitos e os riscos, acidentes e passivos ambientais que envolvem a indústria de extração mineral. Além disso, apresenta os aspectos que envolvem toda a comunidade, especialmente relacionados à saúde e segurança, aos impactos sociais, à mineração em terras indígenas e às questões relacionadas à governança.

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Em relação à área econômica são tratados os investimentos sociais privados, o desempenho econômico e a atividade das Junior Companies, pequenas empresas de exploração e pesquisa mineral.  “Com esse livro, demonstramos a importância de ações que promovem geração de benefícios, riquezas e a melhoria da vida das comunidades relacionadas, direta e indiretamente, com as atividades da mineração”, finalizou Coura.

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Outros lançamentos

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Duas outras publicações relacionadas ao universo da mineração também foram lançadas durante o evento. A primeira delas é o “Guia para Planejamento do Fechamento de Mina”, escrita pelo professor Luis Sánchez, em parceria com a USP, para orientar as mineradoras em relação à necessidade de adoção de boas práticas voltadas ao planejamento do fechamento ecológico de suas atividades, pós exaustão mineral, com a concomitante recuperação do meio ambiente impactado. O segundo livro, “Recursos Naturais e Desenvolvimento – Estudos sobre o potencial dinamizador da mineração na economia brasileira”, traz as assinaturas dos economistas e professores João Furtado, da USP, e Eduardo Urias, da United Nations University – Maastricht Economic and Social Research Institute on Innovation and Technology, da Holanda. Relaciona as experiências internacionais de cooperação entre os setores público e privado como forma de impulsionar as atividades mineradoras e o desenvolvimento, também sob a ótica da sustentabilidade.

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Mais tecnologia, menos impacto

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Poucos setores econômicos representaram de forma tão eloquente as demandas por preservação da natureza dos movimentos ambientais surgidos nas décadas de 60 e 70 do século passado, e que ganharam força ao longo dos anos 80 e 90, quanto o da mineração. Imagens de verdadeiras feridas abertas na floresta, como no caso do impressionante formigueiro humano de Serra Pelada, eternizado pelas lentes de Sebastião Salgado, ou das paisagens lunares das minas de carvão europeias, ainda são a representação estética da devastação natural. Nos últimos 30 anos, após serem eleitas uma das inimigas do movimento ambiental, as mineradoras entraram num longo processo de adequação às crescentes pressões por mais responsabilidade e por reparação aos impactos que geram ao meio ambiente: “Hoje, o maior impacto é visual”, defendeu Rinaldo Mancin, diretor de Assuntos Ambientais do IBRAM. Segundo ele, mina nova alguma é aberta no Brasil sem um amplo estudo de impacto ambiental: “A legislação e a fiscalização são rigorosas”.

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Ele explica, porém, que, mesmo hoje dentro da lei, tal como não se faz um omelete sem quebrar os ovos, os impactos são intrínsecos à atividade do setor: “É claro que isto acontece. Mas, nesses últimos 20 anos, não podemos negar que a indústria da mineração conseguiu desenvolver uma série de tecnologias limpas e minimizantes, preservando a natureza, a fauna e a flora ao redor de suas produções localizadas”. Como acrescentou Alessandro Nepomuceno, diretor de Licenciamento e Sustentabilidade  da Kinross Brasil Mineração, braço nacional da canadense Kinross Gold Company: “Nós não conseguimos mais dissociar a questão econômica da questão ambiental”.

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Fonte: Revista Ecológico

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