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Indústrias exportadoras, como a de veículos, têm dificuldades em comprar insumos e prazo menor para trocar moeda
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O controle de câmbio do governo Kirchner está se transformando em um tiro no pé. O objetivo é elevar o superávit comercial, mas as barreiras acabam prejudicando também as exportações.
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A vinícola Trivento, da holding Concha y Toro, decidiu fechar seu departamento de exportação na Argentina por causa da exigência de trocar os dólares recebidos por pesos em 30 dias.
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Antes de abril, esse prazo era de 180 dias, o que dava tempo e melhores condições aos compradores. As empresas exportadoras de vinhos em geral foram afetadas pelos prazos que estão sendo negociados pelo Instituto de Vinicultura.
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Situação similar vive o setor de mineração. No mês passado, o setor deixou de exportar US$ 250 milhões, segundo a Câmara Argentina de Empresários de Mineração (Caem).
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O processo de exportação do setor exige um mínimo de 180 dias entre a avaliação química do minério por parte do comprador, o estabelecimento de preços, a expedição de guias e o recolhimento de impostos e cumprimento de todos os requisitos junto ao Banco Central e à Afip (a Receita Federal argentina), como explicou o presidente da Caem, Martín Dedeu.
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Até o setor automobilístico, um dos motores da economia argentina, está sendo afetado. Mais de 60% da fabricação local é destinado à exportação e o mercado brasileiro recebe 80% destas vendas.
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As exportações de automóveis da Argentina para o Brasil recuaram 30,6% em maio, comparado com igual mês de 2011, conforme a Associação de Fábricas de Automóveis (Adefa). A menor demanda brasileira contribuiu fortemente para o recuo, mas não foi o único motivo.
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Algumas montadoras tiveram que interromper suas linhas de produção por falta de insumos, como ocorreu com a Fiat e a Renault, recentemente.
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A fabricante local de autopeças Petrak demitiu 50 empregados há algumas semanas. A empresa fornece peças à Fiat, Iveco, Volkswagen, Renault e Deutz. A Petrak alegou perda de competitividade e problemas para exportar seus produtos e importar insumos. Dezenas de outras fábricas de autopeças estão com o mesmo problema.
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Protesto. Os comerciantes do bairro do Onze, uma espécie de “25 de março” de Buenos Aires, fizeram um protesto porque estão ficando sem produtos. São dezenas de lojas de brinquedos, plásticos, eletrônicos, óculos, roupas e acessórios que empregam centenas de pessoas.
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Fonte: O Estado de S. Paulo
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