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Controle do efeito estufa dá retorno

5 de junho de 2013

Empresas mais arrojadas, que buscam na sustentabilidade diferenciais e ganhos de competitividade, como o controle da emissão de gases de efeito estufa (GEE), querem muito mais que a rentabilidade explícita. Elas sabem que têm reto

Empresas mais arrojadas, que buscam na sustentabilidade diferenciais e ganhos de competitividade, como o controle da emissão de gases de efeito estufa (GEE), querem muito mais que a rentabilidade explícita. Elas sabem que têm retorno e apostam no cliente cada vez mais informado, com discernimento para optar pela aplicação de seu dinheiro em um produto cujo valor transcende o seu custo-benefício. Assim, um produto que tem por trás a preocupação com a emissão de gases acaba se destacando da concorrência, ganha o cliente não só pelo preço mas porque contribui comprovadamente com novos padrões para uma vida melhor.

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Trilhando esse caminho de uma nova postura de gestão, 92 companhias brasileiras utilizam o GHG Protocol, a metodologia mais utilizada para a realização de inventários de GEE, que contabiliza, calcula e gera um relatório a partir do qual as empresas e organizações são capacitadas para lidar com a questão. O Programa Brasileiro, como é conhecido o GHG no país, foi lançado em 2008, é destaque no mundo pela crescente adesão, pelas iniciativas pioneiras e pela qualidade dos relatórios, uma diferença significativa em relação às práticas na China, na Índia e no México, conforme avaliação do evento anual da organização em 2011.

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Um dos motivos para o destaque do Programa Brasileiro do GHG é a iniciativa, considerada pioneira em todo o mundo, de criação do Registro Público de Emissões, uma plataforma on-line desenvolvida para a elaboração e divulgação dos inventários corporativos de emissões de gases de efeito estufa das empresas participantes. Com a plataforma, lançada no ano passado, o Programa cumpre um de seus principais objetivos, a promoção de uma cultura permanente de elaboração de inventários corporativos de GEE e a divulgação dessas informações no Brasil de forma transparente, rápida e simples.

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Projeto do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, o Programa Brasileiro do GHG Protocol, começou a mostrar resultados em junho de 2010, quando aconteceu seu Evento Anual e foram divulgados 35 novos inventários corporativos de GEE e lançado o primeiro Registro Público de Emissões no Brasil. Em 2011 os inventários publicados e reconhecidos chegaram a 77. Em agosto do ano passado os 93 membros atuais tornaram públicos seus relatórios.

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De acordo com avaliação do GVces, as rápidas adesões ao GHG mostram que as mudanças climáticas entraram definitivamente na agenda das corporações para se tornar um dos mais importantes fatores que afetam o ambiente de suas operações. Membros do Programa Brasileiro, Braskem e Natura têm praticado à risca as determinações que possibilitam a redução da emissão de gases com programas com resultados positivos.

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A Braskem comemorou a sua redução de emissão de GEE em 12,8% entre 2008 e 2012. Esse avanço fez com que os números de pegada de carbono da empresa, que permite a avaliação do total de emissões, apresentassem um desempenho corporativo bem melhor que dados equivalentes da Europa e Estados Unidos. Quando produz polietileno, polipropileno e PVC, a empresa emite menos gases de efeito estufa que fabricantes europeus e americanos. “Além de buscar alternativas para reduzir as emissões, mensurar a pegada de carbono ajuda a verificar potenciais reduções de custos e melhora a reputação da empresa”, avalia Jorge Soto, diretor de desenvolvimento sustentável da empresa.

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De acordo com Soto, os benefícios da análise da pegada de carbono são claros ao influenciar o consumidor na sua decisão de escolha do produto e ao identificar oportunidades para aumentar a eficiência energética e, com isso, reduzir custos na cadeia produtiva. Ainda há o ganho ambiental, segundo ele, com a identificação das etapas responsáveis pelas maiores emissões de GEE na cadeia, permitindo assim a iniciativa de ações visando à redução.

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Fundamental, ainda, para o diretor da Braskem, é que os resultados da pegada de carbono dos produtos da empresa poderão ser usados pelos clientes no cálculo das emissões de gases de seus produtos, na realização de inventários dos GEE e ainda como mais um critério na seleção de fornecedores.

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Esses mesmos benefícios são considerados pela Natura que, a partir de 2007, começou a colocar em prática ações para minimizar os impactos gerados pela emissão dos gases de efeito estufa. “Nosso programa tem três frentes: o inventário, detectando os maiores focos de emissão, a redução, as iniciativas para minimizar, e a compensação, o apoio a projetos que neutralizam as emissões”, explica Keyvan Macedo, gerente de sustentabilidade da Natura.

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Com as medidas, a Natura reduziu, entre 2009 e 2012, 28,4% nas emissões de carbono em sua linha de produção. O maior foco de emissão era a fase de extração e transporte de matérias-primas, que representava 44% do ciclo de carbono na cadeia produtiva. No trabalho de redução dessas emissões, a Natura fez a substituição de álcool convencional por álcool orgânico, o aumento da vegetalização de fórmulas e passou a utilizar o PE Verde (polietileno de cana-de-açúcar).

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Fonte: Valor Econômico

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