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Cotação média dos metais cai em 2012 puxada pelo níquel

28 de dezembro de 2012

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O ano foi ruim para os principais metais não ferrosos, cujos preços médios ficaram bem abaixo dos praticados em 2011. Como são bastante influenciados pelo crescimento das principais economias globais, as commodities metálicas tiveram pouco suporte para ganhar valor, principalmente no primeiro semestre. Estados Unidos e Europa trouxeram as maiores preocupações aos investidores, enquanto a China – maior consumidor global de metais, com cerca de 40% da demanda – aumentou suas compras na segunda metade do ano e contribuiu para que as médias não fossem ainda menores, além de ter puxado as cotações nos últimos meses.

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Mesmo com este impulso chinês, os preços do penúltimo pregão de 2012 ficaram abaixo dos fechamentos do ano passado, com exceção do chumbo. O pior desempenho foi o níquel, que terminou o ano com sinal vermelho depois de a Austrália e as Filipinas terem adicionado volumes consideráveis de produção.

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No Brasil, as principais mineradoras tiveram seus resultados prejudicados pela queda dos preços médios dos metais. Os números fechados de 2012 ainda não foram divulgados, mas a média de outubro a dezembro, para a maioria dos metais (com exceção do níquel) ficou acima dos valores dos dois trimestres anteriores. Em seus resultados do terceiro trimestre, que teve as médias mais baixas do ano, a Vale informou que suas receitas com vendas de cobre e níquel caíram 25,2% em relação ao mesmo período de 2011, em função justamente da queda dos preços. “A tendência de baixa para minério de ferroníquel cobre, entre outros, esteve alinhada com a desaceleração cíclica do crescimento da produção industrial global e as expectativas negativas sobre a evolução da economia global”, afirmou a empresa em apresentação ao mercado. A Votorantim Metais também sentiu a queda dos preços em seus balanços. No terceiro trimestre, o lucro da empresa teve queda de 7%, atribuída principalmente à performance operacional mais fraca dos metais. O desempenho não foi pior, segundo a empresa, por causa do câmbio e pela venda de produtos de maior agregado. O real mais forte também ajudou a Alcoa a minimizar, ainda que em parte, os efeitos dos preços dos metais e dos altos custos de energia.

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Para as empresas transformadoras de metais, por sua vez, como é o caso da Paranapanema e da Termomecânica (que produzem semimanufaturados de cobre), os preços não tiveram influência nos resultados. Mas este segmento da cadeira de metais também teve um ano difícil, com a menor demanda por seus produtos. “A expectativa de um crescimento mais vigoroso para 2012 não aconteceu. As grandes obras de infraestrutura visando preparar o Brasil para os eventos esportivos da Copa do Mundo e Olimpíadas não deslancharam no ritmo esperado”, disse ao Valor Nelson Leme Silva, vice-presidente da Termomecânica.

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Para 2013, as perspectivas são um pouco melhores para os metais não ferrosos, diz Bruno Rezende, analista de metais da Tendências Consultoria. Como as principais mineradoras do mundo não estão com projetos para expansão de operações, a oferta não deve crescer. “Hoje temos empresas com caixas afetados e que mudaram seus planos de investimentos. Vemos um cenário de produção bem mais brando e produtoras de metais básicos priorizando investimentos mais rentáveis”, afirma.

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Mas isso não é suficiente para esperar grandes saltos, como os observados em 2005 e 2006, já que naqueles anos houve uma esticada nos preços com o aumento do consumo da China, que investia pesado em infraestrutura. “Hoje, o país migra para investimentos mais voltados para os bens de consumo”, diz Rezende. Para alguns metais, as perspectivas para o ano que vem são piores do que para outros.

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O mercado de cobre, por exemplo, vai passar de deficitário para superavitário no ano que vem, na previsão do International Cooper Study Group (ICSG), entidade internacional de pesquisas sobre o metal. Com isso, os preços tendem a sofrer alguma pressão para baixo. O preço do alumínio também não deve decolar, na opinião de Franklin Feder, presidente da Alcoa na América Latina e no Caribe. “Não vejo aumento no ano que vem, com os estoques elevados em todo o mundo e a grande produção chinesa”, afirmou ao Valor.

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Em 2013, a China pode chegar a 24 milhões de toneladas de produção de alumínio primário, acima das 21,5 milhões de toneladas estimadas para este ano, segundo cálculos de Paul Adkins, sócio da AZ China, consultoria especializada em alumínio localizada em Pequim.

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Fonte: Valor Econômico

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