CPRM apresenta oportunidades para projetos de mineração no país
5 de julho de 2017
o evento contou com a participação de 160 executivos de exploração mineral
O diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Eduardo Ledsham, apresentou, na última quinta-feira (29/6), em Brasília para cerca de 160 executivos de exploração mineral, o trabalho desenvolvido pela CPRM para fomentar novas oportunidades para grandes projetos de mineração no país, durante encontro promovido pela Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Industria Mineral Brasileira (Adimb).
Ledsham explicou o plano estratégico da CPRM 2017/ 2021, que atualizou a missão e a visão da empresa. Destacou que o plano aponta que o principal negócio da empresa é fundamentar a tomada de decisão dos clientes. Contribuindo para o desenvolvimento das atividades do setor mineral, ordenamento territorial e uso racional dos recursos naturais, prevenção e mitigação das consequências dos desastres naturais e aumento da disponibilidade hídrica.
O diretor-presidente destacou ainda que a CPRM esta focando seu trabalho para aumentar o conhecimento da subsuperfície do território brasileiro, visando ampliar oportunidades para a mineração, água, energia e alocação de resíduos. Para alcançar esse objetivo a empresa vai investir em tecnologia e inovação para fornecer a sociedade novos dados. “No Brasil apenas 4% das minas são subterrâneas, enquanto, no Canada chega a 20%”,disse Ledsham, citando que a CPRM vai focar sua atuação também em províncias maduras, como Quadrilátero Ferrífero (MG) com a reinterpretação geofísica integrada com a geologia.
Fronteiras – o diretor-presidente também defendeu a importância de se conhecer o potencial mineral em áreas de fronteira do país, que corresponde a 1,5 MM km2 . Ledsham disse que A CPRM também vai priorizar seu trabalho na região Amazônica, principalmente em áreas de fronteira do Amapá, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, onde a CPRM mapeou 931 ocorrências de ouro, cobre, estanho, níquel e ferro. Citou projeto Tunuí desenvolvido pela CPRM, na região da Cabeça do Cachorro( AM) na fronteira do Brasil com a Colômbia, que conta com o apoio do Exército Brasileiro e das comunidades indígenas locais.
Tecnologia e inovação – Ledhsam anunciou que a CPRM esta articulando a criação de uma fundação científico-tecnológica com núcleo em inovação e tecnologia em tectônica, geofísica, geoquímica e recursos dos continentes e oceanos. Esse núcleo será alinhado com as principais expertises da instituição e demandas dos setores da mineração e óleo & gás, focando sua atuação em linhas de pesquisa voltadas para evolução continental e sistemas minerais,
Lançamento – durante o encontro a CPRM lançou oficialmente o programa de disponibilização gratuita de dados aerogeofísicos com o objetivo de atrair novos investimentos e fomentar o setor mineral brasileiro. “Não só disponibilizamos, mas estamos reinterpretando esses dados e oferecendo-os essas informações gratuitamente a sociedade”, disse.
Durante o painel que discutiu a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (RENCA), Marco Túlio de Carvalho, chefe do Departamento de Relações Institucionais e Divulgação da CPRM, apresentou dados sobre a geologia e a metalogenia da reserva, localizada entre os estados do Amapá e Pará, considerada uma das últimas fronteira do mundo para depósitos minerais de classe internacional.