Crusader cria joint venture para explorar lítio em Goiás
4 de fevereiro de 2016
O início da parceria no Brasil será no projeto Manga, que já pertencia à Crusader, e fica no nordeste do Estado de Goiás
A Crusader Resources vai formar uma joint venture estratégica com a australiana Lepidico para desenvolver o projeto de lítio Manga, em Goiás. As empresas assinaram um memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) para criar uma empresa, com 50% de participação cada. A parceria considera expandir para outras áreas no país ricas em lítio.
A Lepidico obteve, recentemente, por meio da subsidiária Mica Exploration, a autorização de pesquisa para um projeto chamado Euriowie, localizado em Broken Hill, na Austrália. A companhia tem a patente da tecnologia L-Max, de processamento mineral, para extrair lítio a partir de minério de mica. O início da parceria no Brasil será no projeto Manga, que já pertencia à Crusader, e fica no nordeste do Estado de Goiás.
“A Crusader continua focada em seus ativos de ouro e de minério de ferro, especificamente no desenvolvimento do projeto de ouro Juruena. O MOU dá a oportunidade de fechar parceria com a equipe técnica da Lepidico, acessar a tecnologia patenteada L-Max e permite que o projeto de lítio Manga avance por meio de uma estrutura de joint venture”, afirmou Rob Smakman, diretor-geral da Crusader, em comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (3).
A área do projeto Manga foi pesquisada pela Crusader em 2007 e 2008, quando a mineradora estava em busca de mineralização de estanho, índio e ouro. A mineradora, na época, fez o mapeamento da região, coletou amostras de solo, de rocha e abriu 15 furos de sondagem de circulação reversa. Os resultados, porém, não apresentaram valores significativos de nenhum dos elementos.
Os resultados históricos de mapeamento e amostragem em Manga apontaram mica rica em lítio e muscovita contendo lítio. As amostras de rocha coletadas pela Crusader na década passada apontaram até 1,8% de óxido de lítio (Li2O). Outras análises específicas da mica e da muscovita retornaram 3,6% e 2,3%, respectivamente, de Li2O.
“Além do projeto Manga, a joint venture terá direitos exclusivos para usar a tecnologia de processamento L-Max no Brasil. Tento em vista essa oportunidade, nós estamos revisando outros projetos conhecidos de lítio no Brasil, muitas que podem ser apropriados para o L-Max”, disse Skamkman.
A Crusader e a Lepidico identificaram uma associação mineralógica significativa entre a mineralização de lítio e outros elementos selecionados, permitindo a reinterpretação da base de dados que a mineradora australiana detém no Brasil.
O carro-chefe da Crusader no país é o projeto de ouro Juruena, no Mato Grosso. A mineradora tem ainda Posse, de minério de ferro, em Minas Gerais, e o projeto de ouro Borborema, no Rio Grande do Norte.
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