CSN admite interesse na CSA

A CSN admitiu oficialmente, em comunicado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), estar negociando a aquisição da CSA e da Calvert Steel com a ThyssenKrupp. As informações que circulam no mercado dão conta de que a CSN faria uma oferta de US$ 2,5 bilhões por um terço da CSA e pela totalidade da laminadora Calvert Steel, no estado do Alabama (EUA). A Companhia já teria US$ 2 bilhões em financiamentos, do Bradesco e do Banco do Brasil, para a operação.

A empresa reafirmou que ainda não há nenhum compromisso firmado entre as partes. “A CSN está participando de processo para eventual aquisição de ativos, siderúrgicos da ThyssenKrupp nos Estados Unidos e no Brasil. Como parte deste processo, estão em curso tratativas sobre os termos e condições que seriam aplicáveis à potencial operação, as quais não foram concluídas ate o momento. A CSN esclarece, por fim, que não foi realizada oferta vinculante ou celebrado qualquer contrato vinculativo com relação a tais ativos e que informará ao mercado a eventual ocorrência de qualquer ato vinculante que constitua fato relevante nos termos da legislacao em vigor, nos momentos adequados”, afirma a nota da CSN.

Namisa

Ao mesmo tempo em que confirmou sua intenção de adquirir a CSA e a Calvert Steel, a CSN informou que renegocia os termos da participação estratégica que vendeu na sua mineradora Namisa. A Companhia vendeu, no fim de 2008, parte da mineradora a um consórcio formado por Itochu Corporation, Nippon Steel Corporation, JFE Steel Corporation, Posco, Sumitomo Metal Industries, Ltd., Kobe Steel, Ltd. E Nisshin Steel. Agora, a empresa afirmou que negocia com o consórcio “alternativas para solucionar diferenças originadas no âmbito da sua parceria”.

Uma das possibilidades é que a Namisa passe a encampar os negócios de minério de ferro da CSN. Segundo o comunicado à Bovespa, “as alternativas em negociação incluem uma possível combinação das operações de minério de ferro e atividades correlatas da CSN e da Namisa”.

Caso essa alternativa não tenha sucesso, a Companhia pode desfazer a sociedade na Namisa. “Tais negociações, caso as partes não cheguem a termos mutuamente satisfatórios, podem resultar na dissolução da parceria nos termos previstos nos contratos a ela relativos”, afirma a nota.

Portfólio

Caso a solução adotada seja a união dos negócios de mineração da CSN com a Namisa, a Companhia daria mais um passo no sentido de separar as diferentes unidades de seu portfólio.

A área de siderurgia da empresa ficaria com a Usina Presidente Vargas e a CSN Aços Longos, em Volta Redonda, a CSN Porto Real (antiga Galvasud), a CSN Paraná, a INAL (empresa de distribuição e financiamento de aço), a CSN LLC, nos EUA, a LusoSider, em Portugal, e as unidades adquiridas do grupo Alfonso Gallardo na Espanha e Alemanha.

O negócio mineração reuniria a Namisa e as operações atualmente a cargo da CSN em Casa de Pedra e Arcos.

A CSN tem também operações de produção de cimento, energia e logística.

Juros

Os acionistas da CSN receberão, amanhã, R$ 0,1923907 por ação. O valor se refere a uma distribuição de R$ 330 milhões, a título de juros sobre o capital próprio. Em 28 de março deste ano, o Conselho de Administração da Companhia havia decidido que a distribuição de remuneração aos acionistas a título de juros sobre capital próprio seria de R$ 560 milhões, dos quais R$ 123 milhões já foram pagos, a partir de 25 de abril.

Os R$ 107 milhões restantes serão pagos, sem atualização monetária, dentro do exercício de 2013. Fazem jus ao recebimento desses Juros sobre o Capital Próprio os acionistas inscritos na instituição depositária Banco Itaú S.A, em 10 de abril de 2013.

O valor bruto dos juros sobre capital próprio é de R$ 0,2263420 por ação, sendo que este valor encontra-se sujeito a incidência de 15% de Imposto de Renda na Fonte, chegando ao valor líquido mencionado no início desta reportagem.

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