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O diretor-executivo de Finanças da Vale, Tito Martins, disse que o custo de produção das mineradoras chinesas passou a ser uma nova referência para o mercado de minério de ferro. Por isso, diz, as cotações não tem se sustentado abaixo dos US$ 120 a tonelada.
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“Se a cotação atinge esse patamar, logo volta a subir”, disse.
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Os produtores chineses extraem cerca de 400 milhões de toneladas/ano de minério de ferro –mais do que a Vale (300 milhões de toneladas). Quando o preço ficar abaixo dos US$ 120 a tonelada, as empresas não conseguem vender seus produtos e “saem do mercado”. Com a menor oferta, avalia, o preço se recupera.
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Atualmente, o minério de ferro está na faixa de US$ 135 a tonelada. A China produz minério de baixa qualidade e insuficiente para o consumo de suas siderúrgicas. Por isso, importa do produto da Vale, mais nobre e com maior teor de ferro.
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Martins disse que a “demanda chinesa continua firme” e não crê “numa ruptura” do crescimento do país asiático, que ainda sustentará uma expansão anual da ordem de 8%. “A gente acredita que o mercado chinês vai estar lá para nós.”
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Segundo o diretor, o novo direcionamento da China de estimular o consumo interno ampliará a demanda futura por minério de ferro.
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Martins disse ainda que a crise europeia pouco afeta a companhia, pois o continente já não é mais um destino relevante para seus produtos. O peso da Europa no mercado mundial de minério de ferro baixou de 40% em 1990 para 12% atualmente.
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Fonte: Folha de S. Paulo
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