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Demanda deverá ter expansão de 34% até 2020, diz Vale

1 de julho de 2014

A demanda internacional por minério de ferro, o chamado mercado transoceânico, vai crescer acima da produção de aço no período que começou em 2012 e vai se estender até 2020. Esse comportamento s

A demanda internacional por minério de ferro, o chamado mercado transoceânico, vai crescer acima da produção de aço no período que começou em 2012 e vai se estender até 2020. Esse comportamento será fortemente influenciado pela Ásia e pelos países emergentes, disse ao Valor o diretor-executivo de ferrosos e estratégia da Vale, José Carlos Martins.

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A perspectiva, segundo ele, é que a produção de aço cresça 23% entre 2012-2020, enquanto o ritmo de expansão do mercado internacional de minério de ferro deverá ser de cerca de 34% no mesmo período, segundo projeções da Vale. Haverá, de acordo Martins, deslocamento de demanda de minério doméstico chinês para o mercado transoceânico.

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Em 2013, o mercado transoceânico de minério de ferro totalizou 1,23 bilhão de toneladas. A participação da Vale nesse segmento foi de 22%, com a exportação de 271 milhões de toneladas no ano passado. “Com as expansões da Vale, em especial o projeto S11D [em Carajás], o qual contempla uma capacidade de produção de 90 milhões de toneladas e cuja operação deve começar no final de 2016, esperamos aumentar nosso market share”, disse Martins.

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Em 2014, a participação das exportações na produção da Vale deve ficar em torno de 87%. “O mercado doméstico é muito importante para a Vale e possuímos a intenção de aumentar nossas vendas no longo prazo, porém, a maior parte do volume adicional deverá ser direcionado para o mercado externo”, disse Martins. A curto prazo, segundo ele, a relação entre oferta e demanda no mercado internacional de minério de ferro está relativamente balanceada, mesmo com entrada de capacidades adicionais, principalmente da Austrália. Isso ocorre em função da existência de produtores de alto custo, especialmente das minas domésticas da China com custo médio de cerca de US$ 100 por tonelada, e de produtores “exóticos” no mercado transoceânico.

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“A médio prazo, esperamos mais substituição de ofertas de alto custo pelas de baixo custo. Há expectativa também de atrasos e cancelamento de alguns novos projetos menos competitivos pela frente”, previu Martins.

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O executivo avaliou ainda a situação em mercados maduros, como o da Europa. “A curto e médio prazos, esperamos uma recuperação gradual da demanda de minério na Europa, uma vez que a produção de aço ainda não se recuperou plenamente dos efeitos da crise de 2008 e 2009.”

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Ele afirmou que, segundo dados da Associação Europeia de Siderurgia (Eurofer), a demanda de aço deve crescer 2,7% em 2014 e 3,1% em 2015, após ter experimentado uma desaceleração de 1,8% em 2013. No caso da América do Norte, a disponibilidade de gás de xisto (“shale gas”) vem permitindo aumento de competitividade da economia americana, o que tem motivado uma melhor performance da produção industrial, disse Martins. Acrescentou que, como consequência, a demanda por aço deve se beneficiar, crescendo 3,8% esse ano, de acordo com estimativas da World Steel Association (WSA).

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“Contudo, a longo prazo, acreditamos que a demanda adicional por minério virá ainda da Ásia e de países emergentes em função do processo de urbanização. Cabe notar que países desenvolvidos e tradicionais têm mais disponibilidade de sucata ou minas cativas”, disse Martins.

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Fonte: Valor Econômico

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