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Eficiência é saída para queda da atividade no país

12 de agosto de 2014

Mesmo enfrentando um ano difícil, as principais siderúrgicas com atuação no Brasil avançam em 2014 mais fortalecidas e resistentes às instabilidades econômicas e de mercado. Isso se deve, em grande part

Mesmo enfrentando um ano difícil, as principais siderúrgicas com atuação no Brasil avançam em 2014 mais fortalecidas e resistentes às instabilidades econômicas e de mercado. Isso se deve, em grande parte, ao trabalho das equipes dessas grandes empresas, que dirigiram seu foco à melhoria contínua da eficiência operacional e maior integração com os clientes. O que não é pouco frente à redução do consumo em alguns dos principais mercados, como o setor automotivo, e a uma situação de excesso de oferta global de aço. O momento desfavorável refletiu-se no Ibovespa. No primeiro semestre, Usiminas, CSN e Gerdau estiveram entre as quatro maiores quedas da bolsa brasileira, atrás apenas da MMX.

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Flutuações no preço das ações à parte, o presidente da Usiminas, Julián Eguren, afirma que no segundo trimestre deste ano a disciplina de gestão levou a companhia a resultados expressivos. “Em que pese o cenário conjuntural interno de baixa demanda de aço, com consequente redução do volume vendido, o Ebitda da Usiminas cresceu 24% frente ao segundo trimestre de 2013”.

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Esse resultado reflete melhoria da operação e controle de custos. O que pode sinalizar que o setor como um todo está respondendo adequadamente ao panorama internacional adverso, reforçando estratégias de desenvolver novas oportunidades de negócios. Afinal, no mercado interno há um claro cenário positivo pela frente: construção naval, infraestrutura, pré-sal, Olimpíada 2016, programa Minha Casa Minha Vida e estímulo ao consumo das classes que migraram recentemente para um patamar superior.

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A Usiminas comercializou no segundo trimestre deste ano 1,5 milhão de toneladas de aço, queda de 7% em relação ao mesmo período de 2013, mas aumento de 1% em relação ao primeiro trimestre/2014. Especificamente no mercado doméstico foram vendidas 1,2 milhão de toneladas, redução de 13% em relação ao segundo trimestre/2013 e de 3% em relação ao primeiro trimestre/2014. A performance é consequência do desaquecimento da atividade industrial brasileira no período, com impacto nos consumidores de aços planos. Já as exportações foram de 220 mil toneladas, crescimento de 53% frente ao segundo trimestre/2013 e aumento de 30% frente ao primeiro trimestre do ano.

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Os investimentos da Usiminas no segundo trimestre/2014 totalizaram R$ 261 milhões, focados na atualização tecnológica das plantas e na modernização da Coqueria II, na Usina de Ipatinga. Do total dos investimentos no trimestre, foram aplicados 86% na siderurgia, 11% na mineração, 2% na transformação do aço e 1% em bens de capital.

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Segundo Egurem, a Usiminas está consolidando uma nova cultura. “A companhia está em outro patamar de eficiência e lucratividade em relação ao que tinha há dois anos, o que nos motiva a superar os atuais desafios do mercado olhando para frente, de posse de uma agenda de melhoria contínua”, diz.

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Esse tipo de política indica que o setor siderúrgico nacional se prepara para futuros saltos, ainda que o cenário para 2014 continue sendo desafiador, em função dos elevados estoques mundiais e das perspectivas de desaceleração da economia no mercado doméstico.

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Na visão de Carlos Rotella, presidente da Votorantim Siderurgia, essa conjuntura exigirá empenho na busca por melhores sinergias operacionais e melhorias constantes em processos.

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O braço siderúrgico do grupo Votorantim atua no Brasil com três unidades. Uma em Barra Mansa (RJ), outra em Resende (RJ) e a terceira em Três Lagoas (MS), esta em sociedade com o empresário Alexandre Grendene. No exterior, a Votorantim Siderurgia tem o controle acionário da PazDelRio, única siderúrgica integrada da Colômbia que produz aços longos, e da AcerBrag, segunda maior produtora de aços longos da Argentina.

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“Apesar da demanda estável e do acréscimo da oferta de aço estrangeiro na América Latina, principalmente os importados da China e da Turquia, o volume de vendas de aços longos da Votorantim Siderurgia totalizou 1,8 milhão de toneladas em 2013, resultado 7% maior que o de 2012, com aumento do volume de vendas nos três países em que atuamos”, afirma Rotella.

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Apontando para uma perspectiva favorável, o diretor-presidente (CEO) da corporação multinacional Gerdau, André Gerdau Johannpeter, comprova que o ano de 2013 foi um período especialmente desafiador, mas de oportunidades para a companhia. “Ao mesmo tempo em que vivenciamos as adversidades decorrentes do cenário econômico mundial, ampliamos de forma expressiva nossa atuação no Brasil, com o início da produção de aços planos e a expansão das atividades de mineração”.

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Johannpeter conta que no ano passado a Gerdau aumentou a sua capacidade instalada global em aços especiais, voltados principalmente para atender a indústria automotiva, com investimentos no Brasil e nos Estados Unidos. “Além disso, completamos o primeiro ano de operação na Índia”, diz, acrescentando que no exercício a companhia apresentou receita líquida consolidada de R$ 39,9 bilhões, 5% superior à de 2012.

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Segundo o CEO, em 2013 as vendas físicas consolidadas mantiveram-se estáveis em 18,5 milhões de toneladas, na comparação com o ano anterior, ao passo que a produção de aço foi de 18 milhões de toneladas, volume 4,8% menor em razão do esforço de redução de estoques da empresa, o que resultou na otimização de seu capital de giro. “A geração de caixa operacional consolidada [Ebitda] cresceu 14,6% sobre 2012, alcançando R$ 4,8 bilhões, enquanto que o lucro líquido consolidado chegou a R$ 1,7 bilhão, 13,2% de acréscimo”.

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Atualmente a Gerdau possui três empresas de capital aberto – Gerdau S.A., Metalúrgica Gerdau S.A. e Empresa Siderúrgica Del Peru S.A. (Siderperu). As ações da Gerdau S.A. são negociadas na BM&FBovespa, na New York Stock Exchange (NYSE) e na Bolsa de Madrid (Latibex). “Por atuar no mercado de capitais dos Estados Unidos, a Gerdau S.A. segue os requisitos da Lei Sarbanes-Oxley, que estabelece boas práticas de governança corporativa, bem como um rigoroso controle sobre os processos internos”, diz Johannpeter. Já a Metalúrgica Gerdau S.A. negocia seus papéis na BM&FBovespa e a Siderperu atua na Bolsa de Valores de Lima.

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Já Benjamin Baptista Filho, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Planos América do Sul, informa que a produção anual de aços planos aumentou de 4,39 milhões de toneladas anuais (2012) para 4,43 milhões (2013) de toneladas anuais. Já a produção de aços longos expandiu de 3,42 milhões de toneladas anuais (2012) para 3,51 milhões (2013). “Para 2014 é esperado um crescimento de 30% na produção de aços planos, especialmente com a retomada, a partir de julho, do Alto Forno 3, localizado na unidade ArcelorMittal Tubarão, em Serra [ES], que tem capacidade nominal de 2,8 milhões de toneladas por ano”.

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Baptista Filho explica que parte da produção do terceiro Alto-Forno vai abastecer a AM/NS Calvert, joint-venture entre o grupo ArcelorMittal e a Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation, localizada em Alabama (Estados Unidos). No segmento de aços longos, com os recentes dados do setor industrial e da construção civil, espera-se por um crescimento nulo ao contrário da previsão inicial de 3% para o ano.

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Fonte: Valor Econômico

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